O titular da pasta das Finanças traçou uma caracterização do actual momento, evidenciado por vários desequilíbrios como o risco de inflação decorrente da escassez de recursos em moeda externa, queda da receita petrolífera e os efeitos na balança de pagamentos com recurso ao endividamento.
A política fiscal, defendeu o ministro, tem de ser reorientada. “Temos necessidade de viver sem o petróleo (…) falar de crise é admitir que vamos continuar a viver do petróleo”, afirmou, citado na página do ministério. Na lógica da inversão do paradigma, Archer Mangueira refere ser fundamental o investimento público em infra-estruturas e áreas como a energia.
O responsável tem insistido na necessidade da realidade presente e futura ser encarada como um “novo normal”, que resulta da mudança das bases de sustentação da economia nacional, que deve assentar na estabilidade macroeconómica, no crescimento sustentável e na diversificação da produção nacional.
Na mesma ocasião, o Archer Mangueira alavancou ainda os quatro objectivos da política fiscal no quadro do novo normal, nomeadamente o controle da inflação, a diversificação das exportações, a melhoria das condições financeiras do Estado e a estabilidade do sistema financeiro.
A aula pretendeu gerar um clima motivacional e de responsabilidade no ambiente académico. O ministro e antigo professor de macroeconomia da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto, defendeu também a continuidade da aposta urgente e permanente na valorização do capital humano, na perspectiva do conhecimento, da inovação e do empreendedorismo.