Ver Angola

Economia

Economist: pauta aduaneira deve reduzir proteccionismo para estimular comércio regional

A nova pauta aduaneira de Angola, se menos proteccionista, pode estimular o comércio com os vizinhos e ajudar na adesão à zona de comércio livre da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, considerou esta Terça-feira a Economist Intelligence Unit.

:

"Um regime aduaneiro menos proteccionista deverá estimular o comércio de Angola com os seus vizinhos e pode também ajudar o país a finalmente cumprir a antiga promessa de se juntar à zona de comércio livre da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral", escrevem os analistas económicos da revista britânica The Economist.

Num comentário às notícias que têm saído na imprensa nacional sobre a nova pauta aduaneira, que substitui o regulamento de 2014, que aumentou o proteccionismo, os analistas da Economist dizem que "se e quando estas mudanças forem implementadas, o custo de importações deve descer e isto pode ajudar a conter a inflação".

Segundo a imprensa nacional, o novo regulamento está em apreciação no Conselho de Ministros, para ser aplicado ainda este ano, e inclui cortes ao imposto sobre carros usados, frutas e vegetais, óleos de cozinha e cereais, incluindo farinha de trigo.

"Espera-se que os impostos sobre os produtos de ferro, aço e alumínio sejam significativamente reduzidos", escreve a EIU, lembrando que estas regras vão "substituir a pauta aduaneira de 2014, altamente proteccionista".

A ideia principal da pauta de 2014 era ajudar os produtores locais a competirem com as importações mais baratas, de forma a aumentar a produção nacional, com o objectivo mais genérico de diversificar a economia, reduzindo a dependência do petróleo.

No entanto, o resultado foi "o aumento dos preços dos produtos nacionais e uma competitividade reduzida no mercado; vários produtos chegaram aos supermercados mas os preços não desceram", consideram os analistas da Economist.

Para além das dificuldades estruturais, que se mantiveram, "pouco depois da nova pauta ter sido implementada, o preço do petróleo, a maior fonte de exportações e de receita, começou a subir", o que levou a uma redução da moeda estrangeira e uma desvalorização do kwanza, o que, por sua vez, tornou as importações substancialmente mais caras, conclui a Economist.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.