Pinda Simão, que falava à imprensa no final da reunião da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, presidida pelo vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, sublinhou o empenho do Governo na melhoria das condições sociais e de trabalho dos professores.
Na reunião, o ministro apresentou entre outras questões, as reivindicações apresentadas pelos sindicatos do sistema de educação e ensino.
Segundo Pinda Simão, a greve, interpolada e cujo primeiro período decorreu entre 5 e 7 de Abril, foi realizada numa altura em que as reivindicações "estavam a ser discutidas e tratadas".
O ministro referiu ainda que a paralisação teve adesão apenas em nove das 18 províncias, tendo sido significativa na capital e na província do Bengo.
Admitiu que a actualização de categorias, uma das principais reclamações dos professores, vai ser feita na base da disponibilidade de vagas, para o atendimento, paulatino, dos trabalhadores que tenham mudado o seu perfil de formação.
O titular da pasta da Educação salientou que a transição do regime probatório para o regime efectivo "é pacífica", estando dependente do Ministério das Finanças a introdução de um aplicativo para melhorar o processo de identificação e realização do trabalho administrativo.
Pinda Simão disse que a crise financeira no país está base das dificuldades para proceder a um incremento salarial na ordem dos 40 por cento, como é reclamado pelos professores, para repor o poder de compra, tendo em conta o nível da inflação.
A introdução de subsídios reivindicados pelos docentes angolanos deverá ser introduzido paulatinamente, aos quais se juntará os de risco e dedicação exclusiva, que já são abonados.
Acrescentou que há vontade política para a melhoria das condições de trabalho nas escolas, com a reabilitação das existentes e a construção de outras novas.