A situação foi hoje assinalada pelo presidente da Associação das Indústrias de Materiais de Construção de Angola (AIMCA), José Mangueira, à margem do lançamento da associação.
Em declarações à imprensa, admitiu que muitas empresas estão a encerrar e os despedimentos são igualmente elevados.
Segundo José Mangueira, reunidos numa associação do sector será mais fácil apresentar esta e outras preocupações, nomeadamente a concorrência desleal, ao Governo para se encontrar formas de as ultrapassar. "Nos últimos anos, as empresas angolanas devido ao 'boom' que existiu na reconstrução prepararam-se, modernizaram-se, e hoje muitas encontram-se numa situação difícil", disse José Mangueira.
O dirigente associativo acrescentou ainda que depois de as empresas se organizarem para aumentar a sua capacidade produtiva viram "de repente" as obras pararem. "Neste momento é uma situação difícil, que as empresas todas têm muitos trabalhadores, situações de desemprego, que agora começa a surgir, e queremos evitar tudo isso. Daí que precisamos do apoio grande do nosso Governo, nomeadamente do Ministério da Indústria", salientou.
De um total de cerca de 400 empresas inscritas no Ministério da Indústria, apenas 15 fazem parte da associação, disse o responsável.
José Mangueira disse igualmente que um dos desafios da associação vai ser combater a concorrência desleal, que muito tem prejudicado o sector. "Somos empresas legalizadas, mas concorremos com empresas de esquina, por quase toda a cidade vêem-se indivíduos a produzir blocos, que não estão registados, não existem, vêem-se empresas chinesas que em qualquer canto também fazem blocos", lamentou.
Garantir e manter a qualidade dos produtos é outra das missões da AIMCA para diminuir a importação de materiais.
