Desta forma, Angola quer angariar 10 mil milhões de dólares para investir em infra-estruturas e para avançar com projectos considerados prioritários. Entre eles está uma refinaria petrolífera, orçamentada em seis mil milhões de dólares, segundo informações avançadas pelo ministro da Economia ao Financial Times.
"Existem projectos que foram adiados e existem projectos que ainda não começaram e há projectos em andamento que vão ser atrasados. Mas grande parte dos projectos são financiados por linhas de crédito estrangeiras, portanto não vão sentir qualquer impacto", afirmou Abraão Gourgel, em entrevista ao jornal britânico, citado pelo Jornal de Negócios.
Para além do mais, o Governo pretende ainda emitir entre 1000 a 1500 milhões de dólares em Eurobonds, sendo que o Banco Mundial está também a preparar um empréstimo de 500 milhões de dólares ao nosso país. O ministro revelou ainda que poderá existir também um prolongamento das linhas de crédito bilaterais do Brasil, China e Espanha. Por fim, o Executivo abordou também a Goldman Sachs, com a mesma intenção de financiamento.
Abraão Gourgel voltou a apontar a queda do preço de petróleo como incentivo para a diversificação da economia, tendo em conta as oportunidades nas áreas da agricultura, minas, pescas e produção industrial. "Agora temos de acelerar a velocidade da implementação da diversificação, não há forma de recuar", afirmou à mesma publicação.