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Economia

Como funciona e quais as condições da linha de crédito para as empresas portuguesas em Angola

Conforme anunciado pelo ministro da Economia português, António Pires de Lima, o Governo de Portugal irá disponibilizar ainda este mês uma linha de crédito na ordem dos 500 milhões de euros, para apoiar empresas portuguesas com presença em Angola ou que exportam para o nosso país.

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De acordo com dados do Executivo, existem cerca de dez mil empresas portuguesas em Angola, que são, na sua maioria Pequenas e Médias Empresas (PME) e, “nem sempre existe a possibilidade de as empresas portuguesas que estão neste momento em Angola conseguirem transferir para Portugal os recursos que vão gerando em kwanzas", referiu o responsável pela pasta da Economia.

Apesar da consolidação desta linha ser já um dado importante para muitos empresários, existem ainda algumas dúvidas quanto às condições da sua utilização. Assim, o português Jornal de Negócios compilou algumas das questões mais frequentes postas pelos empresários em relação à nova linha de crédito.

Quem pode aceder à linha de crédito?

De acordo com fonte oficial do Executivo, terão acesso a esta linha de crédito todas as empresas com depósitos em kwanzas provenientes das suas actividades de exportação e que demonstrem necessidades de fundo de maneio.

Quais os valores disponíveis e onde se pode aceder?

Uma vez que o acesso ao montante máximo de 1,5 milhões de euros por empresa será feito através da banca comercial - com quem o Governo firmará protocolos para o efeito – as empresas interessadas terão de cumprir os critérios de risco dos bancos comerciais parceiros na distribuição da referida linha de crédito.

Quando está disponível?

O montante de 500 milhões de euros, que será gerido pela linha PME Crescimento, deverá estar disponível ainda durante este mês de Abril, sendo que o Executivo não afiança que será neste mês que a linha de crédito estará acessível aos interessados.

Para já a expectativa é a de que esteja disponível em Abril, estando a duração desta linha de crédito dependente do tempo que decorrer até que os 500 milhões de euros tenham sido atribuídos na totalidade.

Qual o custo?

No final do Conselho de Ministros, o ministro da Economia português, António Pires de Lima, revelou que "é evidente" que esta linha terá custos. O governante especificou que "esta linha de crédito terá um custo que não será muito diferente dos que têm as linhas PME", elucidando depois que "os spreads das linhas PME crescimento andam entre os dois e os quatro por cento".

 Qual a maturidade do crédito?

A maturidade dos empréstimos que as empresas venham a contrair junto dos bancos comerciais no âmbito da linha hoje anunciada será de dois anos, sendo o período de carência de um ano.

Como será atribuído o crédito?

A forma como este apoio às empresas será atribuído estará dependente de "dois sistemas de contragarantias mútuas", disse Pires de Lima sem adiantar pormenores. 

Por fim, tendo em conta que o Executivo luso pretende apoiar as empresas neste "momento especial", não se sabendo ainda qual a real extensão e duração dos impactos provocados pela desvalorização do preço do petróleo, que ao longo de 2014 caiu perto de 50 por cento, no mercado angolano, Pires de Lima afiançou que o Governo estará disponível para, a seu tempo, analisar se será "necessário activar algum instrumento [de ajuda] adicional".

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