A informação consta de um relatório mensal do Banco Nacional de Angola (BNA), documento que contabiliza uma quebra mensal de dois por cento no crédito a privados e um volume global de 3,39 biliões de kwanzas, praticamente inalterado face a Dezembro.
O sector privado lidera em volume o crédito concedido pelos bancos angolanos em Janeiro, logo seguido pelos empréstimos a serviços colectivos, sociais e pessoais, no valor de 625,3 mil milhões de kwanzas. Segue-se o comércio, com 577,8 mil milhões de kwanzas, e depois o imobiliário, em 509,7 mil milhões de kwanzas.
De acordo com um estudo da consultora internacional KPMG, o volume de crédito vencido nas 24 instituições bancárias angolanas analisadas voltou a aumentar em 2013, na ordem dos 31,9 por cento em termos homólogos. No final desse ano, o total vencido do crédito concedido situava-se em oito por cento, enquanto em 2012 era de 6,83 por cento.
Na mesma análise da consultora, baseada em dados oficiais fornecidos pelos bancos e pelo BNA, o crédito bancário em Angola, embora a um "ritmo inferior a anos anteriores", voltou a crescer no ano de 2013, 12,9 por cento quando comparado com 2012, demonstrando que continua a existir liquidez na banca, o que nem sempre corresponde a projectos para obtenção de crédito viáveis ou processos correctamente instruídos.
Com mais cinco bancos em processo de instalação em Angola, aquela consultora destacou, entre os vários desafios de curto prazo, um maior rigor na avaliação da qualidade dos activos ou o desenvolvimento de processos de recuperação de crédito - face ao crescimento do malparado -, além da aplicação de legislação internacional.