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Banco Económico prepara nova imagem “moderna, forte e diferenciadora”

Praticamente seis meses depois do fim do Banco Espírito Santo Angola (BESA) o nome da histórica família banqueira portuguesa mantém-se presente por todo o país, na porta de cada balcão, mesmo que seja por pouco tempo, como avisa a nova administração.

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Intervencionado a 4 de Agosto pelo Banco Nacional de Angola, depois do colapso do BES português e devido ao volume de crédito malparado, o BESA foi transformado, por decisão dos novos accionistas, em ‘Banco Económico SA'. Corria então o dia 29 de Outubro, mas praticamente seis meses passados a realidade, à vista, é a mesma.

É que toda a marca corporativa permanece inalterada, com balcões e agências, de todas as dimensões, a ostentarem o nome "Banco Espírito Santo Angola", o mesmo acontecendo na Internet e na publicidade de rua. Do outro lado estão as dúvidas dos clientes, mas não só, como a Lusa constatou pelas ruas de Luanda. "Com certeza que acho estranho. Se mudaram de nome, deviam ter alterado o ‘placard' de Espírito Santo", observa Carlos Azevedo, à porta de uma dependência do banco, no bairro da Maianga, em pleno centro da capital angolana. Enquanto isso, Maria José Gama diz conhecer o banco, "o do Espírito Santo". Mas reage com surpresa à mudança de nome, que continua por concretizar: "Devia ter mudado, sim. É estranho".

Questionada pela Lusa, fonte oficial da administração do Banco Económico SA - que passou a integrar a Sonangol (35 por cento do capital social) e de onde saiu o BES português -, assume que a instituição está na "fase final de preparação da sua imagem corporativa", a qual "será apresentada muito brevemente". "A identidade corporativa do Banco Económico irá criar uma oportunidade para o banco implementar o seu posicionamento no mercado, estruturar a sua oferta, os seus valores e a sua estratégia de marketing, com um racional de diferenciação muito sólido", afirma ainda a administração.

A administração do Banco Económico SA (cuja sigla resulta igualmente em BESA) garante que a nova imagem "será moderna, forte e diferenciadora", embora sem adiantar prazos concretos para a sua implementação. "E irá reflectir uma abordagem dinâmica ao mercado, com uma sólida aposta no desenvolvimento de soluções bancárias inovadoras, para acompanhar a evolução económica do país, das empresas e do segmento de clientes particulares", garante ainda o novo BESA.

A estrutura accionista anterior era composta pelo BES português, com 55,71 por cento, e pela Portmill, com 24 por cento, participações que foram diluídas, face ao aumento de capital concretizado - por determinação do banco central angolano - a 29 de Outubro, o que ditou as mudanças na designação do banco. Contudo, o BES considerou na altura que as decisões tomadas nesta assembleia-geral são "inválidas e ineficazes", alegando que a sua representante foi impedida de participar na reunião, sob o pretexto de se ter atrasado e afirmando que irá "agir em conformidade".

O português Novo Banco ficou com uma participação de 9,9 por cento no capital social do Banco Económico SA, por conversão de 53,2 milhões de euros do anterior empréstimo do BES português, de 3.300 milhões de euros. À nova posição da petrolífera angolana Sonangol somam-se os quase 20 por cento da sociedade Geni, que se mantém como accionista, enquanto os chineses da Lektron Capital também entraram no capital social, com uma quota de 35 por cento.

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