Em declarações à Rádio Nacional de Angola, o governador da província, João Diogo Gaspar, afirmou que neste momento ninguém entra e ninguém sai da localidade, estimando que 300 pessoas tenham abandonado o local com medo da contaminação.
"Fechamos. Não entra, não sai, porque tivemos a informação de que cerca de 300 pessoas fugiram desta localidade em função dos óbitos que iam acontecendo, e dai vimos que deveríamos fechar para não haver danos humanos", salientou.
Segundo o responsável, 322 pacientes testaram positivo e foram registados 16 óbitos no fim-de-semana. "Havia um certo descontrolo e os médicos conseguiram controlar esse fenómeno", prosseguiu.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta deslocou-se esta Terça-feira à região, para se inteirar das condições sanitárias e medicamentosas locais.
Segundo o último boletim informativo sobre a cólera, divulgado esta Terça-feira, foram notificados 55 novos casos e mais três mortes no municio do Cazengo, ocorridas na Segunda-feira.
Entretanto, está em curso uma campanha de vacinação, tendo sido imunizados mais de 2500 moradores até ao momento, de acordo com o supervisor provincial do programa de vacinação do Cuanza Norte, Kenda Alfredo.
Desde o início do surto, declarado a 7 de Janeiro, o país contabiliza 7573 casos de cólera, espalhados por 14 províncias, bem como um total de 285 mortes.
Para evitar a propagação da doença, foram suspensos os comboios do Caminho-de-Ferro de Luanda que fazem transporte de carga e passageiros com destino ou origem nas estações do Zenza do Itombe, Ndalawi (Beira Alta), Múria e Luinha.