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ANPG e empresa do Vietname firmam parceria para explorar bacia do Okavango

O potencial petrolífero da Bacia do Etosha Okavango vai ser explorado no âmbito da assinatura de um acordo entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a empresa vietnamita Xuân Thiên (XTG). Assinado esta Segunda-feira em Luanda, o memorando de entendimento visa um projecto de estudo conjunto na zona de prospecção e exploração de petróleo na região de Etosha/Okavango, que conta com uma bacia sedimentar de aproximadamente 300.000 quilómetros.

: Pedro Parente/Angop
Pedro Parente/Angop  

Além disso, segundo a Angop, o documento contempla ainda um estudo aprofundado de obtenção de 2000 quilómetros de dados sísmicos 2D, por um período de três anos renováveis.

Para isso, a empresa do Vietname efectuará a realização de estudos geofísicos e geológicos, abrangendo a obtenção de dados sísmicos 2D, estudos geoquímicos, magnéticos e gravitacionais, que são fundamentais para avaliar rigorosamente a potencialidade de hidrocarbonetos da área.

Na ocasião, Paulino Jerónimo, presidente do Conselho de Administração (PCA) da ANPG, considerou que o memorando constitui um avanço estratégico no que diz respeito a explorar o potencial petrolífero do país, fortalecendo o comprometimento com um desenvolvimento sustentável e competitivo do sector, escreve a Angop.

Segundo o PCA da ANPG, a empresa vietnamita vai desempenhar um "papel determinante nesse processo".

"A empresa XTG terá um papel determinante nesse processo, trazendo consigo a experiência técnica e a capacidade financeira necessária para a implementação da fase exploratória", apontou.

As bacias internas do país, especialmente as de Etosha e Okavango, continuou, têm vindo a mostrar, por meio de vários estudos geológicos e geofísicos, um notável potencial de hidrocarbonetos.

O responsável da ANPG destacou que, no que se refere à pesquisa, trata-se da primeira acção nessa bacia interior, embora já se tenham realizado estudos aéreo e geofísico em 2010, que determinou a profundidade do local.

Paulino Jerónimo deixou ainda a garantia de que existem todas as condições para produzir óleo nessa bacia, resultado de estudos geoquímicos realizados.

Já o presidente da empresa vietnamita, Nguyen Van Thien, apontou que o acordo vai assinalar o arranque de uma colaboração sustentável e vantajosa para ambas as partes, tendo destacado que a presença da XTG em solo angolano é um efeito directo da política do Executivo de Angola em relação a atrair investimento estrangeiro.

Citado pela Angop, afirmou que como resultado dessa política, a empresa realizou actividades no país para identificar oportunidades de investimento, efectuando estudos, negociações técnicas e intercâmbios de informações acerca de projectos e domínios que o Governo angolano se encontra a promover, sobretudo no ramo da exploração e produção de petróleo e gás.

Considerando que o acordo constitui um momento importante na cooperação económica entre Angola e Vietname, o responsável da empresa destacou que o projecto possui um significado estratégico para a concessionária nacional e para o país, dado que se trata da primeira vez que esta bacia vai ser estudada de maneira abrangente, sistemática e em grande escala.

Segundo o gestor, as informações obtidas desse projecto vão trazer um significativo valor científico e prático, ajudando a avaliar a potencialidade petrolífera e abrir novas oportunidades de desenvolvimento para a indústria petrolífera e gás no Cunene, Cuando e Cubango.

"Com o apoio da ANPG e a colaboração dos parceiros profissionais em Angola, esse projecto alcançará resultados significativos e permitirá avançar para as fases de exploração e produção de petróleo e gás na região da bacia no futuro", apontou, acrescentando que a empresa considera Angola um local estratégico no seu plano de alargamento de investimentos, querendo dar seguimento ao estudo e avaliação de oportunidades de colaboração de longo prazo em domínios como minério de ferro, energia, agricultura, entre outros.

Os gestores das duas empresas assinaram o acordo, num acto testemunhado por Duong Chinh Chuc, embaixador do Vietname em Angola, bem como por representantes do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

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