Além disso, segundo a Angop, o documento contempla ainda um estudo aprofundado de obtenção de 2000 quilómetros de dados sísmicos 2D, por um período de três anos renováveis.
Para isso, a empresa do Vietname efectuará a realização de estudos geofísicos e geológicos, abrangendo a obtenção de dados sísmicos 2D, estudos geoquímicos, magnéticos e gravitacionais, que são fundamentais para avaliar rigorosamente a potencialidade de hidrocarbonetos da área.
Na ocasião, Paulino Jerónimo, presidente do Conselho de Administração (PCA) da ANPG, considerou que o memorando constitui um avanço estratégico no que diz respeito a explorar o potencial petrolífero do país, fortalecendo o comprometimento com um desenvolvimento sustentável e competitivo do sector, escreve a Angop.
Segundo o PCA da ANPG, a empresa vietnamita vai desempenhar um "papel determinante nesse processo".
"A empresa XTG terá um papel determinante nesse processo, trazendo consigo a experiência técnica e a capacidade financeira necessária para a implementação da fase exploratória", apontou.
As bacias internas do país, especialmente as de Etosha e Okavango, continuou, têm vindo a mostrar, por meio de vários estudos geológicos e geofísicos, um notável potencial de hidrocarbonetos.
O responsável da ANPG destacou que, no que se refere à pesquisa, trata-se da primeira acção nessa bacia interior, embora já se tenham realizado estudos aéreo e geofísico em 2010, que determinou a profundidade do local.
Paulino Jerónimo deixou ainda a garantia de que existem todas as condições para produzir óleo nessa bacia, resultado de estudos geoquímicos realizados.
Já o presidente da empresa vietnamita, Nguyen Van Thien, apontou que o acordo vai assinalar o arranque de uma colaboração sustentável e vantajosa para ambas as partes, tendo destacado que a presença da XTG em solo angolano é um efeito directo da política do Executivo de Angola em relação a atrair investimento estrangeiro.
Citado pela Angop, afirmou que como resultado dessa política, a empresa realizou actividades no país para identificar oportunidades de investimento, efectuando estudos, negociações técnicas e intercâmbios de informações acerca de projectos e domínios que o Governo angolano se encontra a promover, sobretudo no ramo da exploração e produção de petróleo e gás.
Considerando que o acordo constitui um momento importante na cooperação económica entre Angola e Vietname, o responsável da empresa destacou que o projecto possui um significado estratégico para a concessionária nacional e para o país, dado que se trata da primeira vez que esta bacia vai ser estudada de maneira abrangente, sistemática e em grande escala.
Segundo o gestor, as informações obtidas desse projecto vão trazer um significativo valor científico e prático, ajudando a avaliar a potencialidade petrolífera e abrir novas oportunidades de desenvolvimento para a indústria petrolífera e gás no Cunene, Cuando e Cubango.
"Com o apoio da ANPG e a colaboração dos parceiros profissionais em Angola, esse projecto alcançará resultados significativos e permitirá avançar para as fases de exploração e produção de petróleo e gás na região da bacia no futuro", apontou, acrescentando que a empresa considera Angola um local estratégico no seu plano de alargamento de investimentos, querendo dar seguimento ao estudo e avaliação de oportunidades de colaboração de longo prazo em domínios como minério de ferro, energia, agricultura, entre outros.
Os gestores das duas empresas assinaram o acordo, num acto testemunhado por Duong Chinh Chuc, embaixador do Vietname em Angola, bem como por representantes do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.