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Mediação de João Lourenço leva Presidente do Ruanda a aceitar encontrar-se com homólogo da RDCongo

O ministro das Relações Exteriores disse esta Segunda-feira, em Luanda, que o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, aceitou encontrar-se com o homólogo da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tshissekedi.

: CIPRA
CIPRA  

Téte António, em breves declarações à imprensa, avançou que a decisão foi transmitida no encontro entre Paul Kagame, que esteve esta Segunda-feira em Luanda, e o Presidente da República, João Lourenço.

Segundo Téte António, João Lourenço recebeu Paul Kagame na qualidade de intermediário entre os dois chefes de Estado, designado pela União Africana para cuidar das relações entre a RDCongo e o Ruanda, incluindo os aspectos relacionados com o movimento rebelde M23.

"Durante essa reunião ficou acordado que o Presidente Kagame aceita o princípio de encontrar-se com o Presidente Tshisekedi, numa data a ser indicada pelo mediador, e também a parte ruandesa aceita o princípio, que já tinha sido acordado com a parte congolesa, no sentido de delegações ministeriais trabalharem para se chegar a este passo", referiu o chefe da diplomacia angolana.

O ministro das Relações Exteriores sublinhou que o encontro foi no sentido da continuação de esforços dos dois chefes de Estado para encontrar a paz e a reconciliação na região.

O Presidente congolês esteve em Luanda no final de Fevereiro, onde foi recebido pelo homólogo angolano.

O ministro das Relações Exteriores anunciou também na altura que Félix Tshisekedi aceitou um encontro com Paul Kagame.

De acordo com Téte António, Angola tinha a tarefa de continuar os esforços para que os dois chefes de Estado se encontrem, para abordar a questão que afecta o leste da RDCongo, país com o qual Angola partilha uma fronteira de cerca de 2500 quilómetros.

Félix Tshisekedi e Paul Kagame reuniram-se em Adis Abeba, capital da Etiópia, numa mini-cimeira promovida e mediada por João Lourenço.

O leste da RDCongo enfrenta há vários anos uma instabilidade militar que provocou milhares de mortes e milhares de refugiados, com o Governo congolês a acusar o Ruanda de apoiar o movimento armado M23.

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