Na ocasião, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás considerou que a construção deste navio em solo chinês "reforça a cooperação" entre ambos os países.
"A construção do navio FPSO Agogo na China reforça a cooperação entre os dois países no domínio do desenvolvimento social e económico", afirmou o ministro, que, citado num comunicado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a que o VerAngola teve acesso, acrescentou que o FPSO "vai aumentar a produção petrolífera de Angola e contribuir nos esforços de combate ao declínio do volume de produção".
O governante também pediu à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e parceiros o aumento do número de angolanos que se encontram envolvidos na construção deste projecto, aproveitando também para apelar que "em próximos projectos de construção de FPSO sejam mais usadas as facilidades existentes em Angola", no que diz respeito à "produção de componentes e módulos para a indústria petrolífera".
Relativamente a outros módulos do Agogo – que será destinado ao bloco 15/06, operado pela Azule Energy –, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, informa, no comunicado, que estão a ser construídos em Singapura, Dubai, Indonésia, França, Noruega, Reino Unido, Vietname e Angola (Sonamet e Ambriz).
Segundo um comunicado da Azule Energy, remetido ao VerAngola, o ponto alto da visita da delegação liderada por Diamantino Azevedo – igualmente composta por membros do corpo diplomático angolano acreditado na China, representantes da ANPG, assim como os parceiros do bloco 15/06 – foi a "observação in-loco de uma operação de levantamento e instalação dos primeiros módulos e a ligação do sistema eléctrico da área residencial da Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo (FPSO), o que representa um avanço substancial para a entrega da instalação dentro dos prazos esperados".
Este acto decorreu no estaleiro "onde a empresa contratada Yinson" se encontra a concretizar as "actividades de construção do FPSO".
Segundo Adriano Mongini, CEO da Azule Energy, "o projecto Agogo Integrado West Hub representa a visão da Azule Energy quanto ao futuro da produção energética de Angola, almejando maximizar as reservas do bloco 15/06 e optimizar os campos Agogo e Ndungu elevando a sua produção até 170 mil barris de petróleo por dia", lê-se na nota.
Refira-se que o bloco 15/06, cujo arranque da produção está previsto para o primeiro semestre de 2026, é operado pela Azule Energy (36,84 por cento) e conta com os parceiros Sonangol Pesquisa e Produção (36,84 por cento) e a Sinopec (26,32 por cento), destacando-se igualmente "por um importante conteúdo de serviços locais onde se espera beneficiar a indústria nacional em 5.6 mil milhões de dólares e a criação de 1400 postos de trabalho até 2044".
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