Segundo a Angop, a descoberta deste novo método de contrabando, que diz respeito ao envolvimento de camiões que fazem o transporte de areia a partir do Nzeto, aconteceu no passado Domingo, dia em que a polícia no Zaire apreendeu oito veículos que continham 75 mil litros de combustível destinados à RDC.
Em declarações à imprensa esta Segunda-feira, o porta-voz do Comando Provincial do Zaire da Polícia Nacional, intendente Luís Bernardo, avançou que os camionistas obtêm o combustível, supostamente, em postos do Nzeto no sentido de, posteriormente, carregarem os camiões com areia, tentando enganar as autoridades que estão em serviço na extensão da Estrada Nacional 210.
Segundo o responsável, na acção, onde também estiveram envolvidos órgãos do Ministério do Interior na província, as autoridades procederam à apreensão de oito veículos: três camiões com areia que continham diversos recipientes de combustível, um camião cisterna de 35 mil litros de gasolina, um camião de caixa fixa, bem como dois veículos ligeiros com mais de 40 recipientes cada, escreve a Angop.
Além disso, foram igualmente detidos oito alegados contrabandistas (tanto nacionais como estrangeiros da RDC), cuja apresentação ao Ministério Público acontecerá nos próximos dias.
O governador da província do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, que visitou, nesta Segunda-feira, o Departamento de Investigação de Ilícitos Penais, apelou à actuação cerrada das autoridades contra o contrabando de combustível.
Citado num comunicado do Governo Provincial do Zaire, a que o VerAngola teve acesso, o governador referiu que, "neste momento, a luta é acabar com o contrabando de combustível na província, que em grande parte é promovido por pessoas oriundas de outras regiões", tendo apelado a que estes "parem com esta prática que tem prejudicado a economia e a população do Zaire e do país".
Segundo apurou a Angop, um bidão de 25 litros de gasolina comprado a 7500 kwanzas no país é vendido por 23 mil kwanzas no mercado negro da vizinha RDC.
