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Magistrados do Ministério Público paralisam serviços negando tratar-se de greve

Magistrados do Ministério Público paralisaram, esta Sexta-feira, os serviços, para reivindicar melhoria de condições de trabalho e remuneratória, negando tratar-se de uma greve, disse à Lusa o presidente do Sindicado Nacional dos Magistrados do Ministério Público (SNMMP).

: Lusa
Lusa  

Adelino Fançoni referiu que existem 643 magistrados do Ministério Público e, destes, cerca de um quinto não estão filiados no sindicato, "por isso são livres de aderir à paralisação ou não".

O líder sindical afirmou que "o grosso dos magistrados está paralisado".

Segundo o presidente do SNMMP, não se trata ainda de uma greve, mas apenas de uma paralisação dos serviços.

"Poderemos chegar a esta fase, caso as entidades não cedam. A nossa reclamação é legítima", assegurou.

Uma fonte da Associação dos Juízes de Angola confirmou à Lusa que estão a ser remarcadas as audiências para depois do dia 8 deste mês devido à paralisação.

Esta Sexta-feira, falando aos jornalistas à margem da cerimónia de abertura do ano judicial 2024, que decorreu em Luanda, o Procurador-Geral da República, Hélder Pitta Grós, reforçou que os magistrados não podem fazer greve.

"Ainda não tenho informação sobre como estão a correr os serviços da Procuradoria-Geral da República, mas uma coisa é certa, não podem fazer greve", declarou, sublinhando que "os magistrados não estão acima da lei".

"Se prevaricarem teremos de actuar nesse sentido", salientou, indicando que a questão terá de ser analisada pelo Conselho Superior do Ministério Público, órgão que trata da disciplina dos magistrados.

O PGR acrescentou ainda que "a situação que os magistrados do Ministério Público estão a viver é a mesma que estão a viver os magistrados judiciais".

A Associação dos Juízes de Angola (AJA) manifestou solidariedade e apoio à paralisação dos serviços pelos magistrados do Ministério Público, que arrancou esta Sexta-feira até ao próximo dia 8.

Numa nota de apoio ao Sindicato Nacional dos Magistrados do Ministério Público (SNMMP), a AJA apelou aos órgãos competentes a atenderem as "legítimas reivindicações dos magistrados do Ministério Público, por formas a dar real valor e importância a este órgão fundamental para o sistema judiciário angolano".

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