“Foi um professor e escritor que inspirou todos aqueles que o conheceram, em especial alunos, leitores, colegas e amigos”, salienta o Instituto Camões, descrevendo Miguel Gullander como "carismático, irreverente, criativo e apaixonado nas palavras e na arte de ensinar”.
Filho de mãe sueca e pai português, apresentava-se na sua página do Instagram como “Escritor.Psiconauta”, “excessivamente experiente em viajar, sofrer, atravessar desertos, amar alienígenas - e ser involuntariamente tatuado”.
Miguel Gullander, trabalhava em África desde que saiu da Suécia em 2001, tendo dado aulas em Cabo Verde, em Moçambique, em Angola e na África do Sul.
Em Angola, participou nos programas Saber Mais, PROCULTURA, tendo sido professor no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) de Benguela e, mais recentemente, Leitor de Língua Portuguesa na Universidade Agostinho Neto.
Entre as suas obras destacam-se "O Feiticeiro", "Através da Chuva", "Perdido de Volta" e "A Balada do Marinheiro-de-Estrada", tendo também traduzido autores suecos.
“A sua morte constitui uma perda irreparável para todos nós”, sublinham a Embaixada e o Instituto Camões, endereçando “sentidas condolências à família”.