O jardim, segundo Domingos Santos Mpungui, vice-reitor para a Área Científica, vai-se destinar à colecção, cultivo e exibição de uma vasta variedade de plantas. Assim, com este projecto, as perspectivas passam por criar uma zona ambiental protegida composta por colectâneas de plantas visando o desenvolvimento da pesquisa, conservação do meio ambiente, bem como educação ambiental, escreve a Angop.
As plantas com valência medicinal, alimentar ou matéria-prima podem ter utilidade futura no ramo produtivo, esclareceu, acrescentando que as plantas vão ser conservadas, denominadas e prosseguir para o ramo empresarial, no qual estão empresas que vão poder estudar mais acerca dessas espécies.
O responsável, em declarações à Angop, disse que o jardim permitirá a preservação de algumas espécies em extinção, tendo ainda apontado a criação, posteriormente, de um laboratório de análise de bioquímica visando descobrir as propriedades das plantas, ou seja se têm propriedades medicinais, alimentares ou servem de matéria-prima.
Assinalou, assim, que com essa acção a ciência vai caminhar no sentido de contribuir com ganhos para sociedade, uma vez que o interesse não se prende apenas com a preservação, mas também com o uso das plantas.
Já relativamente à presença de plantas raras na província do Uíge, o responsável referiu que se contam na região com entre 10 a 15 plantas endémicas, motivo pelo qual disse ver vantagem na preservação das mesmas, tendo fundamentado que "toda" a planta possui valor medicinal, bem como outras propriedades.
Também apontou a questão do turismo, referindo, por exemplo, que um turista quando visita o Uíge pode perguntar acerca da Loe Uigense, escreve a Angop. Desse modo, o jardim botânico será capaz de exibir diversas plantas raras, cujo cenário que pode vir a gerar recursos financeiros com o aparecimento de turistas.
Recorde-se que, no mês passado, foi anunciada a descoberta de duas plantas com propriedades medicinais no Uíge, nomeadamente a Aloe Uigensis e a Impatiens Pinganoensis.
