Nesse sentido, o instituto encontra-se a proceder à mobilização de financiamentos visando a implementação de um projecto de preservação desta espécie de cavalo, bem como que também seja reconhecido internacionalmente, escreve a Angop.
O Cunene é a província onde se pode encontrar, predominantemente, esta raça nativa nacional, que tem vindo a desaparecer devido à seca periódica que abala a região, ligada aos problemas económicos da população, que, de acordo com Margarida Ventura, directora-geral do ISPT, tem lentamente substituído o cavalo kwanhama pelo burro, por se tratar de um animal com maior resistência à seca.
Perante este cenário, Margarida Ventura fez saber que o instituto se encontra à procura de financiamentos visando tipificar e reconhecer esta espécie.
Explicou que o projecto envolverá o recolhimento de genes, sendo que o instituto se encontra há algum tempo a realizar um estudo acerca da raça. A iniciativa também implicará analisar diversos componentes genéticos em laboratório.
Actualmente o ISPT, adiantou, encontra-se a prestar apoio à reprodução desta espécie de cavalos, bem como a procurar financiamento com o objectivo de futuramente conseguirem que o cavalo kwanhama tenha reconhecimento internacional como uma raça de cavalos de Angola.
Segundo a responsável, contam-se na instituição mais de duas dezenas de cavalos provenientes do Cunene: "Estamos com mais de 20 cavalos oriundos do Cunene, terra em que esses animais são exibidos principalmente nas festas de iniciação masculina, pois o cavalo foi sempre o animal de preferência do povo kwanhama", afirmou, citada pela Angop.