Félix Tshisekedi desembarcou no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, onde "recebeu cumprimentos de boas-vindas" de Téte António, ministro das Relações Exteriores.
De acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, a que o VerAngola teve acesso, "o comité de recepção integrou o vice-governador da província de Luanda para o Sector Político, Manuel António Gonçalves, a ministra-conselheira Yema da Silva, Chefe de Departamento da Direcção África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores e de altos funcionários da Embaixada da República Democrática do Congo em Angola".
A visita era de algumas horas, com o regresso do presidente da RDC a Kinshasa previsto para o mesmo dia, após o encontro com o seu homólogo angolano, João Lourenço, no Palácio Presidencial da Cidade Alta.
Depois do encontro entre os presidentes de Angola e RDC, o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Furtado, informou que Angola aguarda por condições para enviar tropas para a RDC.
"O envio de um contingente militar angolano à República Democrática do Congo, em missão de manutenção da paz, vai acontecer apenas quando as condições de acantonamento neste país estiverem criadas", lê-se num comunicado do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso.
Segundo Francisco Furtado, citado na nota, uma comissão encontra-se a visitar as áreas previstas de acantonamento visando confirmar a existência de condições no referido país.
"Hoje mesmo está uma delegação do Mecanismo Ad Hoc, integrada também por oficiais do Estado-Maior General das Forças Armadas, a fazerem visita às áreas previstas para confirmar a existência de condições. E pensamos que, no início da próxima semana, teremos o relatório deste mecanismo, para se poder, eventualmente, prever uma data exacta do início do engajamento do nosso contingente na missão na região Leste da República Democrática do Congo", indicou, citado no comunicado.
O ministro fez igualmente saber que os dois presidentes, no encontro que teve lugar na capital, "concordaram em criar condições para permitir a movimentação do contingente militar".
Reiterou ainda que não podem projectar o contingente "enquanto não houver condições garantidas". "Não podemos projectar o nosso contingente enquanto não houver condições garantidas de acolhimento dos militares do M23 nas áreas de acantonamento", indicou.
O ministro disse ser "uma preocupação do governo da RDC criar as condições necessárias", porém afirmou "ser importante o envolvimento de todas as partes, incluindo o governo do Ruanda e o Mecanismo de Verificação Internacional e Acompanhamento do Acordo de Paz", acrescenta a nota.