Quem o diz é o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, que falava durante a abertura da 5.ª Edição da Expo-Indústria, feita pelo Presidente da República esta Quarta-feira, na Zona Económica Especial (ZEE).
“Estamos a trabalhar para que a agroindústria permita a autossuficiência alimentar do nosso país, sendo essa uma das vias, mas não a única, de se promover o aumento da produção, tanto agrícola como industrial, o que possibilitará a redução da dependência das importações e a criação de mais empregos”, disse.
Segundo Victor Fernandes, a Expo-Indústria está de volta a Angola como uma excelente oportunidade para reflectir sobre as capacidades do país.
“Após três anos de ausência, Angola volta a receber a Expo-Indústria, que regressa na sua quinta edição. A sua abertura é propícia para uma profunda reflexão sobre as potencialidades do nosso país, a necessidade de relançamento do parque industrial, assentes nas políticas de desenvolvimento rumo à diversificação económica, assim como à criação de empregos e de empresas cada vez mais competitivas”, frisou o ministro.
De acordo com o governante, a quinta edição da Expo-Indústria conta com 238 expositores nacionais e internacionais, que representam sete províncias. Os principais sectores da exposição congregam o agro-negócio com 8 por cento, artesanato com 10, a banca e seguros com 5, comércio e distribuição com 12, construção civil com 22, indústria mobiliária com 5, têxtil com 11, petróleo e gás com 8, restauração com 11, e outros serviços com 15 por cento.
O titular da pasta deu a conhecer que o sector da Indústria e Comércio tem em marcha o Plano de Desenvolvimento Industrial de Angola, que sistematiza as orientações das políticas orientadas pelo Presidente da República, dado o seu papel na diversificação da economia e na ampliação dos investimentos tanto públicos como privados neste domínio.
Entre vários projectos já em curso, destacam-se a operacionalização dos pólos do desenvolvimento industrial, os parques industriais rurais e o plano de desenvolvimento integrado do comércio rural.
“Este plano, entre outros factores, está a potenciar o comércio e a indústria através dos operadores de transporte de mercadorias, reduzindo as limitações de acesso dos produtores aos mercados e aumentando, em quantidade e qualidade, o acesso do comércio e da indústria aos bens primários”, explicou.
O ministro acrescentou que dos 22 pólos industriais projectados, sete já se encontram em funcionamento nas províncias de Luanda, Benguela, Cabinda, Huambo, Malanje, Bié, Uíge e Cuanza Norte, com uma área média reservada de mil a dois mil hectares em cada um deles.
Victor Fernandes referiu que dos dez parques industriais rurais previstos para construção, apenas três se encontram infra-estruturados e em funcionamento, designadamente o de Cacuso, em Malanje, o do Tomboco, no Zaire e o da Canjala, em Benguela.
Segundo o governante, a Expo-Indústria é um dos maiores eventos do género que se realiza em Angola, com reconhecimento internacional e já assegurou, definitivamente, a sua condição de montra industrial nacional.
“É uma verdadeira vitrina da robustez da transformação, enquanto produção nacional, do consistente comércio e do emergente sector industrial” expressou.