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Concessionária nacional estima investimentos de 200 milhões para perfuração do primeiro poço do Namibe

A ANPG - Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis estimou esta Terça-feira investimentos de 200 milhões de dólares para a perfuração do primeiro poço de pesquisa na bacia do Namibe, a partir de 2024.

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Para a materialização da perfuração do primeiro poço de pesquisa na bacia inexplorada do Namibe, a ANPG, a estatal Sonangol e a ExxonMobil (EUA) assinaram esta Terça-feira, em Luanda, um memorando de entendimento dos blocos 30, 44 e 45 da bacia do Namibe.

O presidente do conselho de administração da ANPG, Paulino Jerónimo, o presidente da comissão executiva da Sonangol Pesquisa & Produção, Ricardo Van-Deste, e a directora-geral da ExxonMobil em Angola, Melissa Bond, foram os signatários do acordo.

Segundo Paulino Jerónimo, a celebração do memorando, resultado dos termos negociados, prevê benefícios consideráveis por todas as partes envolvidas, onde o Estado espera igualmente alcançar vários benefícios.

Investimentos estimados em 200 milhões de dólares, para estudos e a perfuração do primeiro poço de pesquisa em 2024 estão entre as previsões das autoridades angolanas, que estimam também investimentos de 15 mil milhões de dólares para avaliação e desenvolvimento da descoberta de larga escala.

"Espera-se que a produção se inicie até 2030 contribuindo para a reversão do declínio da produção, a substituição das reservas e a criação de novos empregos na região", apontou Paulino Jerónimo.

A receita estimada pelo Estado "proveniente do desenvolvimento de uma única grande descoberta comercial pode variar entre 20 mil milhões de dólares a 40 mil milhões de dólares", considerando "o preço de análise conservador que varia entre os 50 e 60 dólares/barril", frisou.

Paulino Jerónimo recordou, na sua intervenção, que a assinatura do memorando resulta da celebração de "contratos de serviços com risco", entre os signatários, para os blocos 30, 44 e 45, com data efectiva de 1 de Novembro de 2020.

Para, acrescentou, a execução de operações petrolíferas, tendo um consórcio constituído pelas empresas Exxonmobil (60 por cento) e Sonangol Pesquisa & Produção (40 por cento), após "avaliação sísmica e definição os prospectos".

A ANGP e o consórcio dos blocos acordaram em efectuar os actuais termos contratuais e fiscais, salientou, "a fim de melhor reflectir o risco inerente à pesquisa nos blocos" e "garantir financiamento necessário à perfuração do primeiro poço de pesquisa na bacia do Namibe".

"A perfuração do primeiro poço na bacia do Namibe permitirá expandir o conhecimento geológico e do potencial petrolífero do país em estrito alinhamento com os objectivos definidos na Estratégia Geral da Produção de Concessões", realçou o presidente da ANPG.

"Em caso de sucesso a perfuração contribuirá para continuarmos a mitigar o declínio da produção e de reservas que o nosso país tem enfrentado nos últimos anos", admitiu.

Melissa Bond, directora-geral da ExxonMobil em Angola, recordou que nada ainda foi descoberta na bacia fronteiriça do Namibe, assumindo ser uma bacia de risco, mas que pode ganhar novo fôlego em caso de descoberta comercial.

"É uma bacia inerentemente de risco, mas verdadeiramente acreditamos que se combinarmos a nossa tecnologia de ponta à nossa capacidade de execução e materializar os projectos, a nós enquanto empresa, podemos fazer acontecer o Namibe em caso de descoberta comercial", notou.

E o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, destacou a importância do momento, referindo que faz parte das "acções necessárias" para o país conseguir manter "uma determinada estabilidade na produção de petróleo".

"Para podermos continuar a explorar este recurso mineral importante durante mais algum tempo e, também, para que este recurso mineral, neste momento da transição energética, continue a demonstrar a sua importância para o desenvolvimento do nosso país, para a melhoria da qualidade de vida da nossa população", assinalou.

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