A taxa de electrificação no país encontra-se abaixo dos 50 por cento. Em declarações à imprensa, citadas pela Angop, Hélder Adão, presidente do Conselho de Administração (PCA) da ENDE, informou que a taxa se situa nos 43 por cento, número que classificou como muito baixo. No entanto, acrescentou que tencionam concretizar "muitas acções" para alterar esse cenário.
"Ainda é muito baixa, mas temos perspectivas de realizar muitas acções para mudar o quadro", avançou, citado pela Angop.
Segundo o PCA da ENDE, a empresa encontra-se actualmente a consolidar vertentes de carácter administrativo, estabelecendo os objectivos que se devem dar prioridade.
Aproveitou ainda a ocasião para referir que em termos de províncias melhor servidas relativamente à electricidade, se destacam as que estão conectadas ao sistema nacional de transporte e acrescentou que para as outras (como é o caso das províncias do leste) se encontra em vista a requalificação da barragem de Luaximo (Lunda Sul), que ampliará a oferta, escreve a Angop.
Assim, informou que irão erguer centrais fotovoltaicas nas províncias onde possuem maior número de centrais térmicas: "Vamos construir centrais fotovoltaicas naquelas províncias, onde temos o maior número de centrais térmicas", fez saber o responsável, acrescentando que as centrais fotovoltaicas aumentarão significativamente a capacidade de oferta.
Citado pela Angop, o responsável admitiu igualmente que as ligações ilegais apenas existem devido ao défice de energia eléctrica nas referidas áreas e que a direcção da entidade está ciente disso.
Já sobre as dívidas dos clientes, o responsável não avançou números, mas assegurou que os valores são altos. "A ENDE tem estado a negociar para dar uma oportunidade aos clientes e também para estar mais próximos deles", disse, citado pela Angop.
Entre as pretensões da empresa consta igualmente o aumento da facturação. Segundo o PCA da ENDE, a empresa pretende melhorar os graus de facturação, no sentido de ampliar o volume anual de receitas, com capacidade para assegurar a sustentabilidade financeira da empresa.
O responsável falava em Benguela, província onde se realiza o VI Conselho de Direcção Alargado da ENDE. A decorrer até Sexta-feira, o evento visa fazer um balanço global das actividade do ano passado, com foco no domínio comercial e iniciativas de investimento, assim como apresentar o orçamento para este ano.