A titular da pasta da Educação, citada pela Angop, disse estarem a trabalhar para que as línguas "possam ser ensinadas mais de modo sustentável": "Estamos a trabalhar para que elas possam ser ensinadas mais de modo sustentável", referiu, citada pela Angop.
No seu discurso, a ministra considerou que o bilinguismo no país "permitirá o conhecimento mútuo, a preservação e o respeito pelas várias culturas, bem como reduzir a sua hierarquização e promoverá o crescimento, o desenvolvimento das línguas até hoje menos veiculadas para que possam constituir-se também em línguas de ciência com vista à cultura da paz".
Luísa Grilo disse ainda, na ocasião, que a língua portuguesa vai desempenhar um "papel de auxiliadora pelo facto de se ter constituído em língua de ciência há mais tempo".
A titular da pasta da educação reconheceu igualmente que "ainda há muito por fazer", sendo que vão prosseguir com "a tarefa de dinamizar estudos e didactização dos conhecimentos, processo sobre o qual toda a colaboração construtiva será bem-vinda, com vista à qualidade da educação".
A cerimónia de lançamento, que teve lugar na Segunda-feira, no Memorial Dr. António Agostinho Neto, serviu para assinalar o Dia Mundial da Língua Materna, comemorado a 21 de Fevereiro.
"Para assinalar o Dia Mundial da Língua Materna, comemorado no passado dia 21 de Fevereiro, o Ministério da Educação lançou nesta Segunda-feira, 27 de Março, no Memorial Dr. António Agostinho Neto, oito obras literárias sobre línguas de Angola, que resultaram das dissertações de mestrado, de linguistas angolanos na Universidade do Minho, em Portugal", refere o ministério da Educação, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.
Segundo o comunicado, linguistas, professores e sociedade civil, participaram no evento, que "foi abrilhantado com a declamação de um poema em língua !khun, pelo soba da comunidade Khoisan".