Sem avançar a quantia depositada ilicitamente por angolanos no seu país, o diplomata suíço informou que está a decorrer um processo jurídico vocacionado para a restituição do capital retirado de Angola: "A Suíça é um país onde capitais de Angola foram depositados de forma ilícita e nós vamos devolver esse dinheiro, mediante um processo jurídico que decorre seguindo todos os princípios de cooperação jurídica que temos com Angola", assegurou o embaixador, citado pelo Jornal de Angola.
Ainda em matéria de corrupção, Lukas Johannes Gasser – que falava esta Terça-feira, em Cabinda, onde realizou uma visita de trabalho – classificou o processo de combate à corrupção executado pelo Governo como importante, tendo ressaltado que assim o país vai obter mais confiança na conjuntura internacional e dos investidores.
O responsável aproveitou ainda a ocasião para mencionar a cooperação entre ambos os países: "Nós cooperamos com Angola na área do comércio, mas perspectivamos cooperar também no domínio da saúde. Temos as melhores empresas farmacêuticas que estão interessadas em investir em Angola", disse, citado pelo Jornal de Angola.
Já relativamente a Cabinda, o diplomata referiu que o seu país está interessado em colaborar no ramo da conservação da natureza. "Em Cabinda, a Suíça está interessada em cooperar, sobretudo, na conservação da natureza. Estamos interessados no potencial turístico da província e, principalmente, na floresta do Maiombe, visando desenvolver o turismo ecológico", indicou o responsável, citado pelo Jornal de Angola.
Segundo um comunicado do Governo Provincial de Cabinda, a que o VerAngola teve avesso, o diplomata suíço, que deu início à sua visita à referida província na Terça-feira, interagiu com fiscais do Parque Nacional do Maiombe, no município do Buco Zau, tendo considerado "importante a preservação da fauna e flora, que se enquadra nas relações de cooperação, em domínios como o ambiente, turismo e cultura".
Além disso, o embaixador fez igualmente questão de "conhecer as instalações e o trabalho desenvolvido pela empresa ALGOA (de origem suíça), presente em Cabinda desde 1972 no suporte metalúrgico da indústria petrolífera, que recentemente participou na construção da Plataforma Lifua A", acrescenta a nota.
Na ocasião, a governadora provincial, Mara Quiosa, realçou o "factor empregabilidade na actividade da ALGOA, ao envolver actualmente cerca de 300 angolanos", tendo acolhido "com satisfação a previsão de se criarem mais cerca de 400 postos de trabalho, com o início do projecto da plataforma South-N'Dola".