Na ocasião, o ministro referiu que a iniciativa visa proporcionar a formação qualificada de estudantes de várias províncias de Angola e do estrangeiro que querem estudar o ramo das artes.
Filipe Zau, citado pela Angop, disse igualmente que se tenciona responder aos desafios da formação específica da cultura que, a nível geral, se tem vindo a esquecer em várias iniciativas formativas e, através disso, criar uma orquestra sinfónica provincial e uma nacional, nos próximos tempos.
O titular da pasta da Cultura e Turismo considerou igualmente que o Huambo apresenta condições apropriadas para promover a formação das diversas especificidades das artes devido ao facto de ter vários estabelecimentos de ensino superior, que são capazes de auxiliar na execução do projecto e, no fim, acolher o pessoal formado para o progresso das acções de ensino, investigação e pesquisa científica, escreve a Angop.
Segundo a Angop, o governante referiu também que a iniciativa tem em vista o desenvolvimento da arte, por via da formação, bem como o total funcionamento do centro cultural, com a concretização ininterrupta e com a qualidade pretendida, das acções culturais, quanto à música, dança, etc.
Além disso, o ministro também se manifestou satisfeito com o grau de andamento das obras do centro (execução física acima dos 80 por cento), cuja conclusão está prevista para este ano.
Segundo Filipe Zau, a empreitada ficará pronta em meados deste ano, tendo indicado Agosto como o mês para a finalização e inauguração do empreendimento e esclarecido que mudanças feitas ao projecto justificam o facto de não se ter conseguido concluir a iniciativa em Fevereiro, como estava previamente conjecturado.
O governante considerou igualmente que com o seu arranque, "em sincronia com outras infra-estruturas culturais", o Huambo poderá ser, a curto prazo, "uma capital cultural" do país. "Pensamos que com a sua entrada em funcionamento, em sincronia com outras infra-estruturas culturais, adicionado ao papel dos reinos e das ombalas existentes na província, o Huambo poderá se tornar, num curto espaço de tempo, uma capital cultural de Angola", indicou, citado pela Angop.
Segundo a Angop, o empreendimento – em que as obras arrancaram em 2011 e, depois de uma suspensão de cinco anos, retomaram no ano passado – vai contar com dois cine-teatros, duas salas de conferências e uma área para apresentar trabalhos de arte, literatura e música. Duas salas para aulas de dança, duas salas para artes plásticas e artesanato, assim como uma sala de exposições farão igualmente parte da infra-estrutura.
Além disso, após a sua finalização, o empreendimento vai possuir igualmente 11 lojas de especialidades artísticas e culturais. Contará também com um restaurante, dois cafés, bem como zonas de apoio a actores e músicos durante as suas apresentações em palco e também duas salas para aulas de música, escreve a Angop.
De referir que durante a sua passagem pelo Huambo, o ministro visitou, além do centro cultural, o Arquivo Histórico Constantino Camoli, o Museu do Huambo e a Biblioteca Provincial.
Segundo uma nota do Ministério da Cultura e Turismo, a que o VerAngola teve acesso, o ministro "foi recebido no salão nobre do governo pela governadora da província, Lotti Nolika, membros do executivo local e o grupo técnico responsável pela construção do Centro Cultural do Huambo, onde na ocasião, foram apresentados projectos arquitectónicos e de conservação dos vários edifícios da cidade alta do município sede".
Nas visitas, Filipe Zau fez-se acompanhar dos "vice-governadores para os Serviços Técnicos e Infra-estrutura e para o Sector Política, Social e Económico, alguns membros do Governo Local e técnicos das empresas encarregues da construção do Centro Cultural do Huambo".
Além disso, o ministro também "manteve sessões de audiências com representantes das entidades eclesiásticas, autoridades tradicionais, agentes turísticos e culturais", acrescenta a nota.
