Ver Angola

Política

PR solidário com vítimas civis na Ucrânia pede cessar-fogo para evitar “escalada”

O Presidente João Lourenço apelou a um cessar-fogo na guerra na Ucrânia e que seja evita uma “escalada” até ao “ponto de não retorno”, mostrando-se solidário com as vítimas civis do conflito em território ucraniano.

: Chris McGrath
Chris McGrath  

"Como sempre o fizemos com relação às vítimas de outros conflitos em África, no médio oriente ou em outros cantos do mundo, também hoje estendemos a nossa solidariedade para com as vítimas civis do conflito que assola o território ucraniano", afirmou João Lourenço, ao discursar este noite no banquete no Palácio Presidencial cabo-verdiano, na Praia, durante a visita de Estado que está a realizar a Cabo Verde.

Angola mantém relações históricas com a Rússia desde o período anticolonial, mesmo após a desintegração da URSS, com João Lourenço a lamentar o regresso da guerra ao continente europeu no banquete oficial oferecido pelo Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves.

"O mundo acordou a 24 de Fevereiro com o ressurgir da guerra na Europa, continente palco das duas guerras mundiais que o planeta conheceu. Embora não seja a primeira vez que a paz é quebrada na Europa, eis que 77 anos depois da segunda guerra mundial, que foi responsável por 50 milhões de vidas humanas perdidas, o 'velho continente' volta a enfrentar de novo esta realidade que a todos preocupa, pelas repercussões que pode atingir, se não houver contenção da parte daqueles directamente envolvidos e dos líderes mundiais no geral", apontou.

Para João Lourenço, "talvez tenha havido nos últimos anos a oportunidade de dialogar e de negociar para se prevenir a guerra". Contudo, "não tendo sido possível fazê-lo antes, há a necessidade, hoje, de se evitar a todo o custo a escalada do conflito para nunca se chegar ao ponto de não retorno".

"Saudamos e encorajámos todos os líderes mundiais que de forma incansável se desdobram em múltiplos contactos diplomáticos na busca da paz e da segurança na Europa. Confiamos numa mediação internacional neutra e credível, que seja aceite pela Rússia e pela Ucrânia, e que contribua para se alcançar um cessar-fogo definitivo e a abertura de negociações alargadas para uma paz duradoura para todo o espaço europeu", disse o chefe de Estado.

João Lourenço, que iniciou o programa oficial de três dias de visita a Cabo Verde, acrescentou que "com a crise energética e alimentar que se vislumbra à escala mundial, Angola está aberta ao investimento estrangeiro no sector energético do petróleo e do gás", bem como no sector agrícola, de produção de cereais e outros produtos alimentares exportáveis, "a julgar pela disponibilidade de terras aráveis, bom clima e recursos hídricos abundantes".

A Rússia lançou a 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.