Ver Angola

Energia

João Baptista Borges: Angola não será afectada pela crise energética motivada pelo actual conflito armado

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, disse que as reservas energéticas de Angola não serão afectadas pelo actual conflito armado, explicando que o país tem neste momento um excedente energético, uma vez que está a produzir mais energia do que aquela que consome.

:

Citado pela Rádio Nacional de Angola (RNA), o governante explicou que o país tem uma capacidade instalada de cerca de 6000 megawatts, mas que o consumo não ultrapassa os 2000.

"Em termos energéticos nós temos neste momento um superavit, nós produzimos mais energia, só em termos de capacidade nós temos 6000 megawatts instalados e o nosso consumo não vai além dos dois, portanto temos cerca de 4000 megawatts quer de energia térmica como de hídrica de reserva", informou.

Contudo, aos olhos do titular da pasta da Energia e Águas ainda há falta de uma rede eléctrica nacional que ligue todas as províncias do país: "O nosso problema actualmente consiste na inexistência de uma rede eléctrica nacional que interligue todas as províncias do país".

João Baptista Borges também falou sobre o facto de as alterações climáticas afectarem a produção de energia.

"As alterações climáticas, que de facto fazem com que chova menos e então é preciso introduzir outras fontes para que com a energia solar nós possamos, quando for necessário, utilizar menos água para produzir energia e, portanto, podermos ter os nossos reservatórios mais preenchidos", indicou.

Citado pela RNA, o ministro deu o exemplo de Portugal e Brasil que já estão a sentir alguns impactos das alterações climáticas neste sector, explicando que Angola quer tentar introduzir outras fontes de energia para equilibrar a matriz: "Vêem o que está a acontecer por exemplo agora em Portugal com a seca, têm as barragens vazias e algumas delas deixaram de funcionar, o Brasil também passa por uma situação similar e o que nós queremos é evitar chegar a essa situação, por isso estamos a introduzir a energia solar como uma fonte energética que vai permitir que nós diversifiquemos a nossa matriz".

João Baptista Borges falou ainda sobre o gás natural, indicando que este é "outra grande fonte".

"O gás natural é outra grande fonte, ainda não temos suficiente gás natural para garantir uma produção energética à medida das nossas necessidades, mas já utilizamos algum na central do ciclo combinado do Soyo e em função da exploração de gás que vai ocorrer proximamente no país, nós vamos certamente investir no gás natural", considerou, citado pela RNA.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.