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Oxford Economics Africa: valorização do kwanza protege Angola da subida de preços dos alimentos

A consultora Oxford Economics Africa considerou no Sábado que a valorização da moeda nacional, o kwanza, é a principal arma para compensar o aumento dos preços dos bens importados para este país africano lusófono.

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"O aumento generalizado nos preços globais dos alimentos devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia vai ter um impacto indirecto em Angola devido à inflação no preço dos alimentos, mas felizmente a subida dos preços do petróleo fortaleceu o valor da moeda de Angola para cerca de 640 kwanzas por dólar, o valor mais alto desde Outubro de 2019, o que vai mitigar alguns dos custos acrescidos dos bens importados", dizem os analistas.

Num comentário à evolução dos preços em Angola em Fevereiro, a Oxford Economics Africa alerta que "a guerra entre a Rússia e a Ucrânia pode ter um impacto directo em Angola se as importações de trigo e fertilizantes da Rússia foram afectadas de forma adversa", mas aponta que o impacto na evolução dos preços será apenas indirecto.

Além do fortalecimento do kwanza face ao dólar nos últimos meses e do aumento das receitas fiscais por via do aumento do preço do petróleo, "os consumidores também estão a ser beneficiados pela decisão do Governo, em Outubro de 2021, de cortar a taxa de IVA dos bens essenciais de 14 por cento para 7 por cento", apontam os analistas na nota a que a Lusa teve acesso.

"Uma apreciação do câmbio médio do kwanza e uma descida do preço global dos alimentos a partir do segundo semestre vão ajudar a taxa de inflação a abrandar de uma média de 25,8 por cento em 2021, para 19,9 por cento este ano", aponta a Oxford Economics.

A taxa de inflação homóloga em Angola reduziu-se face ao valor homólogo do mês anterior em Fevereiro pela primeira vez desde Março do ano passado, apesar de continuar perto de 30 por cento, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística de Angola, divulgados na semana passada.

Desde Março de 2021 que a inflação homóloga tem subido consistentemente, passando de 24,77 por cento em Março de 2021, para chegar a 27,66 por cento em Janeiro e 27,28 por cento em Fevereiro deste ano, mês que registou o primeiro abrandamento no aumento dos preços.

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