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Preços grossistas em Angola mantêm trajectória crescente e atingem 31,18 por cento em Fevereiro

O Índice de Preços Grossistas (IPG) em Angola fixou-se em 31,18 por cento em Fevereiro, um aumento de 3,10 pontos percentuais (p.p.) comparativamente a igual período do ano anterior, indica o Instituto Nacional de Estatística.

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O documento do Instituto Nacional de Estatística referente a Fevereiro passado destaca que a tendência da variação homóloga nos últimos três anos é crescente.

O IPG calcula a variação dos preços dos bens produzidos no país, assim como dos produtos importados comercializados internamente, nos primeiros níveis da transacção, nos sectores da agro-pecuária, pesca e indústria transformadora.

Relativamente a este ano, o INE avança que o Índice de Preços Grossistas (IPG) registou uma variação mensal de 2,22 por cento entre Janeiro e Fevereiro, sendo 0,04 p.p. inferior à registada no período anterior e 0,01 ponto percentual inferior em relação à observada no mesmo mês de 2021.

Em Fevereiro passado, os preços dos produtos nacionais aumentaram 2,63 por cento comparados com os preços em Janeiro, sendo a secção A – agricultura, produção animal, caça e silvicultura, a que maior aumento de preços registou com 2,89 por cento.

"Os produtos que tiveram maior variação de preços neste grupo foram os seguintes: cenoura com 5,99 por cento, limão com 5,59 por cento, tomate com 4,84 por cento, banana com 4,62 por cento, gado bovino com 4,55 por cento, pimento com 4,52 por cento, repolho com 4,13 por cento, batata-doce com 3,91 por cento, batata rena com 3,78 por cento, leite fresco com 3,59 por cento, cebola com 3,47 por cento, abacaxi com 3,38 por cento, ginguba [amendoim] com 3,37 por cento, mandioca com 2,98 por cento, mamão com 2,97 por cento, laranja com 2,36 por cento, cabrito vivo com 1,63 por cento e ovos com 1,51 por cento entre os principais", descreve o documento.

A variação acumulada dos produtos nacionais em Fevereiro foi de 5,35 por cento.

No domínio dos produtos importados, a variação de preços em Fevereiro de 2022 reporta um aumento de 2,09 por cento em relação ao mês anterior, influenciado pela variação de preços verificada na secção da agricultura, produção animal caça e silvicultura, com 2,41 por cento.

A subida e preços verificou-se sobretudo na importação de maçãs (5,41 por cento), tomate (4,55 por cento), repolho (3,90 por cento), alho (3,63 por cento), grão-de-bico (3,58 por cento), cebola (3,56 por cento), batata rena (3,52 por cento), abóbora (3,15 por cento), limão (3,06 por cento), pêra (2,90 por cento), cenouras (2,81 por cento) e milho grão (2,18 por cento).

A variação acumulada dos produtos importados em Fevereiro deste ano foi de 4,28 por cento.

A inflação global em Fevereiro de 2022 foi de 2,22 por cento, sendo os produtos importados os que mais contribuíram, com 1,60 pontos percentuais, ou seja, 72 por cento, e os produtos nacionais com 0,62 pontos percentuais, o que corresponde a 28 por cento do valor da inflação global.

O Instituto Nacional de Estatística divulgou igualmente os resultados do Inquérito de Preços dos Materiais de Construção (IMMC) entre Fevereiro de 2021 e Fevereiro deste ano, que revela que a taxa de variação homóloga se fixou em 21,7 por cento, sendo a variação acumulada no período de Dezembro do ano passado a Fevereiro deste 2022 de 4,2 por cento.

O preço dos materiais de construção é um importante indicador para o mercado da construção, conseguindo-se identificar, através da sua variação, o grau de intensidade das actividades do sector da construção.

Nas variações homólogas, entre os grupos de materiais de construção, a classe "outros produtos sintéticos", foi a que registou maior aumento de preços (29,1 por cento), seguindo-se a "madeira e contraplacado" (28,8 por cento), "vigas, vigotas e ripas" (27,4 por cento), "produtos sintéticos" (27,3 por cento) e "vidros e artigos de vidro" e "alço" (26,7 por cento cada) entre os principais.

Os grupos de materiais que mais contribuíram na variação do IPMC do mês de Fevereiro são: "aço com 0,7 pontos percentuais, "cimentos e aglomerantes" com 0,5 pontos percentuais, "betão pronto" com 0,3 ponto percentual, "blocos" e "alumínio" com 0,2 ponto percentual cada e "tijolos" e tubagem e acessórios de plástico" com 0,1 ponto percentual cada", indica o estudo.

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