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Navio-patrulha francês 'Commandant Birot' detectou pesca ilegal na costa angolana

O navio-patrulha francês “Commandant Birot”, ancorado desde Sábado nas águas territoriais angolanas, observou já perto da costa várias acções de pesca ilegal, incluindo de embarcações chinesas, informação que vai reportar ao Governo.

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De acordo com o comandante do navio-patrulha "Commandant Birot", durante a presença do navio em Angola, até Quinta-feira, vão ser realizados vários exercícios conjuntos de patrulha e controlo marítimo no mar angolano.

Sébastien, que falava à imprensa sobre a deslocação a Angola do navio, com 100 marinheiros a bordo, frisou que foram observadas irregularidades ao longo da costa, tendo sido avistados entre dois e três barcos por dia, citando entre eles embarcações chinesas.

"Identificamos barcos de pesca ao largo, bem próximo da costa a cerca de 40, 80 quilómetros da costa, que continuam a pescar ilegalmente", referiu, acrescentando que a missão iniciou-se há três semanas, ao largo do Congo, faltando ainda seis semanas de trabalho ao largo da Guiné antes do regresso a França.

O comandante do navio-patrulha salientou que, em relação à pesca ilegal, há um exercício conjunto em colaboração com a Marinha angolana, em matéria de patrulhamento marítimo, para o reforço de competências.

Relativamente à pirataria, o comandante francês afirmou que o número de ataques diminuiu nos últimos três anos, estando mais centrada ao largo da Nigéria, mas continua a ser uma preocupação.
Por sua vez, o embaixador da França em Angola considerou que a presença do "Commadant Birot" no território angolano materializa a qualidade e o nível de cooperação marítima entre os dois países, particularmente a sua segurança.

Daniel Vosgien, que falava à imprensa sobre o navio, disse que a França e a União Europeia (UE) participam activamente na luta contra os riscos e ameaças em Angola, nomeadamente a pesca ilegal, poluição e pirataria marítima.

"A França está ao lado do Governo de Angola para a formação dos oficiais da Marinha de guerra angolana, no âmbito da segurança marítima", disse o embaixador, destacando que a França é o único país que tem uma missão permanente de segurança do Golfo da Guiné, denominada missão Corimba no âmbito da qual o "Commandant Birot" está presente em Luanda esta semana.

Segundo Daniel Vosgien, a França e a UE conjugam os seus interesses com os interesses dos países do Golfo da Guiné, incluindo Angola, com propostas de formação, de acções operacionais e participam na operacionalização do processo regional de Yaoundé.

O diplomata francês sublinhou igualmente a importância da partilha de informação marítima, nomeadamente o conhecimento sobre os eventos no mar.

A nível bilateral em matéria de defesa, o embaixador francês disse que a França quer continuar a trabalhar com os actores institucionais na África Central que são capazes de trabalhar sobre os grandes domínios de defesa no continente africano, designadamente Angola, incluindo no domínio da segurança marítima

Daniel Vosgien realçou igualmente a cooperação entre os dois países em matéria de defesa, que vai ser mantida e aprofundada, informando que em 2021 foram registados "muitos êxitos" com a formação de 16 oficiais estagiários em França e em escolas regionais, bem como o ensino da língua francesa a uma centena de alunos por ano das Forças Armadas Angolana, através da Alliance Française de Luanda.

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