"Trata-se dum instrumento que incentiva a aproximação entre as partes para criarem iniciativas de promoção de desenvolvimento sustentável destinadas às comunidades circunvizinhas à SMC", adianta a Endiama, num comunicado divulgado.
Entre as iniciativas do projecto integrado a desenvolver entre a SMC e os seus parceiros, e que vai ser acompanhado pelas autoridades tradicionais, estão infra-estruturas escolares e hospitalares, projectos de reflorestamento, lavras e cooperativas comunitárias.
O documento, com a validade de dois anos, foi ratificado no final das Jornadas Sobre Cidadania e Segurança Pública, organizadas pelo UFOLO- Centro de Estudos para a Boa Governação, que decorreram entre os dias 9 e 10 de Março.
O encontro contou com a presença de representantes da indústria diamantífera, autoridades tradicionais e eclesiásticas, responsáveis da polícia, membros do Executivo e sociedade civil para debater soluções para os problemas socioeconómicos e violência sistémica na região, cerca de um mês depois dos incidentes em Cafunfo, de que resultaram vários mortos e feridos.
No dia 30 de Janeiro, segundo a polícia, cerca de 300 pessoas ligadas ao Movimento do Protetorado Português Lunda Tchokwe (MPPLT), que defende autonomia desta região rica em diamantes, tentaram invadir uma esquadra policial e seis pessoas morreram quando as forças de ordem e segurança repeliam os alegados atacantes.
A versão policial é contrariada pelos dirigentes do MPPLT, partidos políticos na oposição e sociedade civil local que falam em mais de 20 mortos no que dizem ter sido uma tentativa de manifestação.
