O anúncio foi feito em Luanda, em conferência de imprensa, pelo ministro de Estado e da Casa Civil do Presidente, Adão de Almeida, que actualizou as regras do decreto presidencial relativo à situação de calamidade pública devido à covid-19 que vão estar vigentes até 10 de Abril.
Em termos gerais, as medidas em vigor a partir das 00h00 de 12 de Março mantêm-se nos próximos 30 dias, incluindo a cerca sanitária em Luanda, devido ao surgimento de novas variantes do vírus SARS-CoV-2.
No entanto, podem ser retomados os voos directos para Portugal, Brasil e África do Sul. Entre as alterações constam também a decisão de suspender a retoma da actividade presencial no ensino pré-escolar, prevista para 15 de Março, e o fim das restrições aos cultos religiosos que até agora só podiam realizar-se quatro vezes por semana.
Mantêm-se as regras de ocupação máxima até 50 por cento da capacidade do espaço, respeito pelo distanciamento físico entre os fiéis e higienização permanente do espaço, adiantou Adão de Almeida.
Questionado sobre se a decisão poderia ter reflexos negativos devido ao incumprimento das medidas de prevenção por parte dos cidadãos, nomeadamente nos transportes e festas que se multiplicam por Luanda, o ministro disse que não é possível vigiar cada cidadão e admitiu que há "um certo cansaço", com as restrições que já duram há um ano.
Porém, o governante sublinhou que "a mensagem tem de ser intensificada" e que o relaxamento das medidas pode implicar perder tudo o que se conquistou com muito sacrifício.
"O que temos de fazer é continuar a sensibilizar e esclarecer as pessoas", destacou o Adão de Almeida, admitindo que os órgãos competentes terão de ser "mais incisivos na fiscalização e aplicação de sanções".
Também a ministra da Saúde vincou a necessidade de cumprir as regras em vigor, incluindo o uso de máscaras, o distanciamento social e evitar ajuntamentos e festas.
"Não podemos continuar com este tipo de atitudes", admoestou Sílvia Lutucuta.