"Há uma luz ao fundo do túnel", disse Sivi Pedro à agência Lusa, referindo que este anúncio do presidente João Lourenço pode ser um sinal de mudança.
Sobre a possibilidade de a diáspora votar, o que deverá ser real com esta revisão pontual da Constituição, o representante dos estudantes angolanos recordou que essa é a vontade da comunidade.
Apesar de ter dúvidas sobre o voto da diáspora ser uma possibilidade já nas próximas eleições em Angola (2022), Sivi Pedro garante que quando esse dia chegar será de festa.
"Vai ser uma festa, para a diáspora e para mim, que nunca tive oportunidade de votar, pois quando tinha idade para isso já estava em Portugal", contou.
Contudo, sublinhou que também na diáspora há um longo caminho a percorrer para esta participação eleitoral, nomeadamente ao nível da legalização e recenseamento.
João Lourenço anunciou esta Terça-feira, no arranque dos trabalhos da segunda sessão ordinária do Conselho de Ministros, na Cidade Alta, em Luanda, uma revisão pontual da Constituição.
O objectivo desta revisão pontual é, entre outros, clarificar os mecanismos de fiscalização política, dar direito de voto a residentes no estrangeiro e eliminar o princípio de gradualismo nas autarquias.