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Saúde

Angolano que combate o cancro na África Ocidental quer ajudar Angola a lidar com a doença

É angolano, engenheiro especializado em radioterapia e quer contribuir na luta contra o cancro no país. Moisés Natal Domingos foi recebido pelo embaixador angolano na Etiópia – onde trabalha – e antecipa um regresso ao país baseado num contributo pessoal para a saúde nacional.

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Num país em que o cancro se torna cada vez mais visível, muito por 'culpa' do avanço da medicina, dados do Instituto Angolano de Controlo do Cancro registaram cerca de 1400 casos da doença em 2020.

Sabe-se ainda que as incidências mais frequentes são o cancro da mama (20 a 21 por cento do total de casos), do colo do útero (16 a 17 por cento) e da próstata (6 a 7 por cento). Entre cinco a seis por cento dos casos registados no passado ano envolvem crianças.

No entanto, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) contrariam estes números e mostram uma ainda maior progressão da doença no país, estimando que sejam registados cerca de 15.000 casos de cancro por ano em Angola, com uma probabilidade associada de 10.000 mortes.

Foi neste contexto que Moisés Domingos, especialista ligado a um programa de combate ao cancro na África Ocidental, se manifestou preocupado com a escassez de equipamentos técnicos e superiores de electromedicina, especializados em radioterapia, para tratamento de doentes com cancro no país.

Actualmente a trabalhar para uma empresa israelita, o angolano de 30 anos, formado na África do Sul, tem morada em Adis Abeba, capital da Etiópia, há cerca de um ano.

Recebido pelo embaixador angolano no país, Francisco da Cruz, o engenheiro referiu deslocar-se com frequência a países da região oriental do continente para instalação e manutenção de equipamentos relacionados com o tratamento dos diferentes tipos de cancro.

Segundo a Angop, Moisés não esconde o desejo de trabalhar em Angola, mostrando-se a favor de que as autoridades intensifiquem as campanhas de sensibilização e informação de forma a travar o índice crescente da doença no seu da população.

O especialista defende assim a urgência de um suporte técnico e humano à altura da demanda do país, sendo que muitas vezes a população recorre ao hospital com a doença já em estágio avançado.

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