Em comunicado, enviado ao Novo Jornal, o partido afirma que é "urgente" ouvir os responsáveis uma vez que "o BPC está praticamente falido por culpa dos que dele se serviram para fins pessoais e do seu partido".
Em causa está o despedimento de cerca de 2000 trabalhadores do banco e o encerramento de 73 agências do BPC, "quando o Executivo prometera criar 500 mil postos de emprego e o combate à corrupção como solução para melhorar o desempenho da economia", avança a UNITA.
O partido acusa a Procuradoria-Geral da República de ter na sua posse os nomes, mas de não exercer "as competências constitucionalmente consagradas para investigar e eventualmente acusar os prevaricadores".
No comunicado, citado pelo Novo Jornal, o partido diz estar disponível para "ajudar, aconselhar e sugerir possíveis caminhos".
A par dos problemas no BPC, a UNITA também quer ouvir responsáveis sobre os problemas do lixo na capital. Para esta matéria, o grupo parlamentar pediu a realização de audições da governadora de Luanda, da ministra das Finanças e do ministro da Cultura, Turismo e Ambiente.
"Numa altura em que o Executivo alega falta de recursos para melhorar a assistência nos hospitais, o mesmo Executivo disponibilizou um crédito adicional suplementar de mais de 34 mil milhões de kwanzas para a recolha e tratamento do lixo em Luanda", diz o partido.
Estas audições servirão para descobrir "o que falta para que se resolva de uma vez por todas o problema do lixo cujo impacto ambiental periga a saúde dos habitantes de Luanda".
De acordo com o comunicado, o partido também quer ouvir o ministro da Construção, Obras Públicas e Ordenamento do Território sobre a gestão das habitações nas centralidades, considerando que a "muitas delas" estão desabitadas e em risco de degradação, "quando milhares de angolanos continuam sem tecto e sem dignidade, no que diz respeito ao direito fundamental de ter uma habitação condigna".
Na lista de audições constam ainda os nomes das ministras da Educação e Ensino Superior. O partido do 'Galo Negro' quer perceber que "soluções estão a gizar para satisfazer as reivindicações dos docentes, cujos sindicatos ameaçam novas greves por registarem injustiças na remuneração em função do tempo de serviço".