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Eléctrica nigeriana AllBase Energy quer entrar em Angola este ano

A eléctrica nigeriana AllBase Energy está a planear expandir o sistema de distribuição de energia solar para Angola no terceiro trimestre deste ano, disse esta Quinta-feira o director-executivo da empresa, Kunle Odebunmi, citado pelo jornal Africa Report.

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De acordo com este órgão de informação africano, a eléctrica nigeriana já tem pessoas em Angola a desenvolver a estratégia e está a planear uma ronda de financiamento no segundo trimestre no valor de "vários milhões de dólares", que servirão para financiar a entrada em Angola e aumentar a quota de mercado na Nigéria.

No artigo, explica-se que o tamanho do mercado angolano é o principal argumento que coloca o país no topo da lista da expansão internacional e aponta-se que o rápido crescimento da procura foi outro dos factores essenciais na escolha.

"O objectivo do país é ter uma taxa de electrificação de 60 por cento em 2025, com as energias renováveis a representarem mais de 7,5 por cento do total, mas mesmo que Angola consiga esse objectivo, 40 por cento da população ainda vai precisar de acesso à electricidade", explicou o director da empresa nigeriana.

De acordo com a Associação Angolana da Indústria Solar, citada no artigo, Angola está entre os países onde os promotores da energia social receberam contratos sem passarem por concursos públicos, o que "tem o benefício de aumentar a rapidez de implementação dos projectos, mas também envolve desafios significativos de desenvolvimento e financiamento dos projectos".

A AllBase usa tecnologia com base na 'internet das coisas' para distribuir energia solar e baterias, num modelo em que o sistema pode ser usado por outras companhias energéticas.

A electrificação tem sido uma das prioridades de Angola, com o Banco Mundial a anunciar, em Fevereiro, a aprovação de um Projecto de Melhoria e Acesso ao Sector Eléctrico de Angola, no valor de 250 milhões de dólares para as províncias de Luanda, Benguela, Huíla e Huambo.

"O Projecto de Melhoria e Acesso ao Sector Eléctrico vai financiar investimentos de eletcrificação nas províncias de Luanda, Benguela, Huíla e Huambo, realizando 196.500 novas ligações eléctricas que irão beneficiar cerca de um milhão de pessoas e 93.857 postes de iluminação pública", lê-se no comunicado enviado então.

O custo total do projeto é de 417 milhões de dólares, financiado com um empréstimo de 250 milhões de dólares do Banco Mundial e um crédito de 167 milhões de dólares da Agência Francesa do Desenvolvimento, e "terá como foco a expansão do acesso à electricidade e melhoria da arrecadação de receitas, melhoria dos serviços de energia, melhoria da capacidade da PRODEL (Empresa Pública de Produção de Electricidade) e fortalecimento da gestão sustentável das centrais térmicas".

Citado no comunicado, o director do Banco Mundial em Angola, Jean-Christophe, afirmou que "o investimento em infra-estruturas, especialmente em energia, é fundamental para o desenvolvimento económico e o acesso de qualidade aos serviços de electricidade terá um efeito de arrasto em muitos outros sectores, incluindo agro-negócio, saúde, educação, apenas para citar alguns".

O acesso à energia em Angola, apesar do desenvolvimento a ritmo acelerado da capacidade de geração de energia, "está limitado a menos de 40 por cento dos cidadãos, com serviços inadequados causando impacto na pobreza, produtividade e disparidades regionais", refere.

O responsável acrescentou que o projecto visa endereçar as acções mais críticas necessárias para ajudar a expandir o acesso à electricidade, melhorar o desempenho operacional e comercial das empresas e, em última instância, aumentar a sua credibilidade".

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