De acordo com o decreto presidencial com data de Quarta-feira, consultado pela Lusa, a ministra das Finanças fica autorizada a nomear os bancos que vão tratar da operação que ronda os 2,8 mil milhões de euros, mas não são fornecidos detalhes sobre os prazos.
A dívida actual nestes títulos de dívida soberana ronda os 8 mil milhões de dólares (cerca de 7,4 mil milhões de euros), e é detida maioritariamente por investidores europeus e norte-americanos, que procuram nos títulos angolanos taxas de juro elevadas que compensem a falta de remuneração dos títulos ocidentais.
A taxa de juro exigida pelos investidores para transacionarem dívida pública angolana com maturidade em 2025 subiu 1,6 pontos base desde o início de março, para 23,52 por cento, num contexto de descida dos preços do petróleo para níveis históricos e de propagação do novo coronavírus, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.
O preço do barril de petróleo estava esta Quinta-feira a transaccionar a cerca de 25 dólares o barril, menos de metade dos 55 dólares previstos no orçamento para este ano.
A dívida pública de Angola tem vindo a subir sustentadamente, não só devido às emissões de dívida, mas também à depreciação do kwanza no ano passado, elevando o rácio da dívida sobre o PIB para mais de 100 por cento no final do ano passado.