Dos 29 jogadores inicialmente eleitos, o seleccionador sérvio Srdjan Vasiljevic acabou por deixar sete em Luanda, manifestando-se "satisfeito" com os 22 que leva para Gaborone, em que só uma vitória, conjugada com a derrota da Mauritânia, que se desloca ao Burkina Faso no mesmo dia e à mesma hora, dita o apuramento directo.
Neste cenário, Angola apura-se directamente para a fase final do campeonato, uma vez que os Palancas Negras têm vantagem no confronto directo - derrota na Mauritânia por 1-0 e vitória por 4-1 em Luanda.
Se obtiver o segundo lugar no grupo D, Angola terá então de disputar um play-off, reservado para os segundos classificados dos diferentes grupos.
Após cinco das seis rondas, o grupo é comandado pela Mauritânia (12 pontos), seguida por Angola (nove), Burkina Faso (sete) e Botsuana (um).
Na fase de grupos, Angola tem três vitórias - Botsuana (1-0), Mauritânia (4-1) e Burkina Faso (2-1), todas em casa - e duas derrotas, ambas fora - Burkina Faso (1-3) e Mauritânia (0-1).
Para a Operação Botsuana, e face à necessidade de vencer, Vasiljevic optou por três guarda-redes, oito defesas, quatro médios e sete avançados, o que, à partida, dá a garantia de uma equipa a jogar ao ataque, para precaver uma vitória do Burkina Faso em Nouakchott.
Antes de deixarem Luanda, já no aeroporto, o ambiente entre dirigentes, seleccionador e jogadores era descontraído, com manifestações e confiança na vitória em Gaborone.
Djalma Campos, o capitão dos Palancas Negras, mostrou-se confiante no apuramento - "está praticamente garantido" -, enquanto o avançado Freddy reiterou o objectivo único de vencer e "dar uma alegria" ao povo angolano.
"Estamos proibidos pensar no empate, pois tal resultado, de certo modo, pode inibir-nos. Vamos confiantes, pensando unicamente na vitória, para brindar o nosso povo, que bem merece, e honrar o país depois de várias edições sem participar" na CAN, que se disputa em Junho e Julho próximos no Egipto.
Angola já participou na CAN em 1996 (África do Sul), 1998 (Burkina Faso), 2006 (Egipto), 2008 (Gana), 2010 (Angola), 2012 (Gabão e Guiné Equatorial) e 2013 (África do Sul), tendo falhado as duas últimas edições, a de 2015 (Guiné Equatorial) e de 2017 (Gabão).