E porque a sustentabilidade do negócio a longo prazo, face às vulnerabilidades a que o sector segurador se encontra exposto, é uma das principais preocupações da administração da Nossa Seguros, em 2019 será proposto aos accionistas um aumento de capital por incorporação de reservas, para fazer face aos investimentos necessários ao desenvolvimento do negócio no futuro e para reforçar, uma vez mais, os rácios de solvabilidade da Companhia.
Carlos Duarte, Presidente da Comissão Executiva, lembra que em 2018 “o ambiente competitivo acentuou-se com a entrada em operação de novas seguradoras, contribuindo para uma redução das margens técnicas do negócio segurador, e para um crescimento do mercado em termos de volume de prémios que não alterou muito a penetração dos seguros na economia, situando-se abaixo de 1 por cento do PIB. Ainda assim, a Nossa Seguros cresceu 22 por cento, mantendo a sua quota em valores que se situam acima dos 10 por cento”.
O mesmo responsável sublinha que, como resultado dos elevados rendimentos das aplicações financeiras associadas às provisões técnicas, “a Nossa Seguros obteve resultados financeiros excepcionais, compensando, assim, a pressão sobre as margens técnicas, e permitindo a antecipação de investimentos contidos no Plano Estratégico”.
A conjugação destes factores contribuiu para um aumento substancial dos resultados e, consequentemente, da rendibilidade dos capitais próprios (ROE) da Companhia, que se situam agora nos 47 por cento.
De destacar ainda que em 2018 os prémios brutos emitidos pela Nossa Seguros registaram um crescimento de 22 por cento, tendo ultrapassado os objectivos propostos para o exercício. Em geral, todos os ramos registaram crescimentos, à excepção dos tradicionais Acidentes de Trabalho e Automóvel, por serem produtos mais expostos ao comportamento da economia.
Os ramos Doença, Outros Danos em Coisas, Responsabilidade Civil, Transportes e Vida foram os que registaram crescimentos mais significativos. O crescimento no ramo Doença deveu-se, para além do aumento de carteira, ao ajustamento da tarifa. Em Outros Danos e Coisas o crescimento foi suportado pela actualização de capitais por parte de alguns clientes. No ramo Transportes o crescimento foi influenciado pela nova abordagem da Nossa Seguros a este mercado. O ramo Vida, que em 2017 apresentou um valor negativo devido à revisão feita a esta carteira, registou em 2018 uma tendência de forte crescimento, devido à dinâmica introduzida no canal Banca-Seguros.
Ainda em 2018, a Nossa Seguros foi novamente objecto de uma avaliação de rating, tendo obtido a notação Robustez Financeira “B” e Outlook Estável da Fitch, agência financeira internacional.
Perante estes indicadores, Carlos Duarte mostra-se satisfeito com o desempenho da Nossa Seguros no exercício de 2018. “Um ano de grandes desafios para o sector de seguros, mas no qual conseguimos manter um crescimento de prémios que nos possibilitou consolidar a nossa posição no mercado segurador angolano e manter a nossa solidez financeira. Face à conjuntura económica adversa e ao forte investimento no âmbito do plano estratégico, os rácios de eficiência apresentam um desempenho menos favorável face ao ano anterior, mas os indicadores de rentabilidade e de solvabilidade melhoraram significativamente”, referiu o responsável, em comunicado remetido ao VerAngola.
Para 2019, ano em que o contexto económico se manterá desafiante, com uma percepção generalizada de inversão do ciclo conjuntural, de estabilização e da retoma da confiança, tão necessárias ao crescimento e diversificação da economia, o Presidente da Comissão Executiva da Nossa Seguros antevê um desempenho positivo da Companhia. “Fazemos parte de um grupo bancário e financeiro internacionalmente reconhecido como o mais sólido de Angola. Em 2019 a Nossa Seguros continuará a ser um parceiro de referência para as angolanas e angolanos, famílias e empresas que confiam as suas vidas, a sua saúde e o seu património à nossa seguradora e à competência dos nossos colaboradores”.
Os números de 2018 que falam pela Nossa Seguros
Activo líquido | 23 626 935 M AKZ |
Resultado antes de impostos | 2 729 975 579 M AKZ |
Resultado líquido | 2 068 074 M AKZ |
Retorno de capitais próprios | 39% |
Rácio de sinistralidade |
45% |
Rádio combinado | 88% |
Cobertura das provisões técnicas | 177% |
Margem de solvência | 263% |
Número de agências | 27 |
Número de colaboradores | 134 |