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Banco britânico HSBC congela conta que recebeu 500 milhões vindos de Angola

O banco britânico HSBC congelou uma conta ligada à alegada fraude de 500 milhões de dólares cometida pelo antigo presidente do Fundo Soberano de Angola, noticia o Financial Times.

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De acordo com o jornal britânico, o banco congelou a conta há várias semanas e considera que a decisão demonstra que cumpre todas as regras relativamente a entradas de capital e está atento a possíveis movimentos de lavagem de dinheiro.

"O banco, que tem um histórico assinalável sobre lavagem de dinheiro e foi alvo de penas pesadas esta década, bloqueou a conta há pelo menos várias semanas e reportou o caso às autoridades britânicas, no seguimento do tamanho e da natureza pouco comum da transacção, que fez disparar as campainhas de alarme", lê-se na edição desta Quarta-feira do FT.

O HSBC não detém uma conta em nome de Filomeno dos Santos e avisou as autoridades britânicas através de um “relatório de actividade suspeita”.

De acordo com o jornal, há outros bancos a analisar se estiverem envolvidos na alegada fraude ligada a José Filomeno dos Santos, que até Janeiro geria os 5000 milhões de dólares do Fundo Soberano de Angola.

O Credit Suisse disse que documentos falsos caracterizados como sendo do próprio banco foram usados como parte desta fraude, mas esclareceu que a investigação descobriu apenas falsificação de documentos e não movimentos de capitais.

José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente, e o ex-governador do Banco Nacional de Angola (BNA) Valter Filipe foram constituídos arguidos pela justiça angolana pela prática suspeita de crimes de defraudação, peculato e associação criminosa, entre outros.

A informação sobre os crimes de que são suspeitos foi prestada na Segunda-feira aos jornalistas pelo subprocurador-geral da República, Luís Benza Zanga, durante um encontro com deputados angolanos, em Luanda.

“Foram constituídos arguidos e ouvidos nessa qualidade, acerca dos crimes de burla por defraudação, peculato, associação criminosa, tráfico de influências e branqueamento de capitais”, explicou o subprocurador-geral que anteriormente tinha já revelado que José Filomeno dos Santos tinha sido constituído arguido e estava impedido de sair do país.

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