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Economia

FMI aborda mercado de seguros e pensões com deputados

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Angola abordou Terça-feira em Luanda com deputados angolanos o desenvolvimento do mercado de seguros e de pensões em Angola, reiterando preocupação com a elevada taxa de inflação do país.

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O economista brasileiro Ricardo Velloso falava à imprensa no final do habitual encontro com a 5.ª Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional, no âmbito da preparação das consultas nacionais anuais.

Segundo o líder da missão do FMI, o desenvolvimento destes dois segmentos poderá constituir uma fonte adicional de financiamento para a economia nacional a longo prazo.

"Essa foi uma missão muito técnica, de basicamente colecta de dados e preparação da missão de consulta anual ao abrigo do artigo IV, que vai acontecer no final do ano, início do próximo ano, depois das eleições e depois da formação de um novo Governo", explicou Ricardo Velloso.

Esta visita começou há uma semana e termina esta Quarta-feira.

Relativamente à inflação, Ricardo Velloso referiu que Angola tomou medidas, a partir de Maio de 2016, com uma forte contracção monetária, que já começaram a dar alguns resultados, mas "é preciso persistir, continuar com essas políticas, para que essa inflação volte a níveis mais aceitáveis".

"Qualquer país que tem uma inflação por volta de 40 por cento ao ano preocupa, a inflação em Angola é uma das mais altas do mundo, o Banco Nacional de Angola tem plena consciência de que esses níveis não são aceitáveis", frisou.

Por sua vez, o vice-presidente da 5.ª Comissão de Economia e Finanças do parlamento, Diógenes de Oliveira, disse que o encontro serviu para trocas de experiências para a consolidação do trabalho já iniciado em relação à introdução do Imposto de Valor Acrescentado (IVA), "que poderá trazer novos desenvolvimentos no âmbito da justiça tributária no interesse de todos os actores da economia nacional".

Segundo Diógenes de Oliveira, também foi vista a questão da inflação, no que diz respeito aos seus reflexos na economia.

"Também aqui ficou recomendado que devemos continuar a trabalhar no sentido da regressão da taxa de inflação, por forma a que um equilíbrio macroeconómico se faça sentir no interesse dos investidores e no interesse dos assalariados", salientou.

As micro, pequenas e médias empresas também foram analisadas durante o encontro, tendo os deputados colhido experiência do FMI, no sentido de elas contribuírem para o alargamento da base tributária e estabilização do modelo de economia nacional, uma economia de mercado.

"Não só na óptica da política tributária, mas acima de tudo da renda que ela poderá gerar e dos empregos que poderão criar. Para isso também se constatou que não basta ter intenções, mas que tenhamos agentes neste sector consistentes do ponto de vista do conhecimento para que essas empresas não tenham um período de vida curto que possam sim ser parceiros do executivo no processo de estabilização económica de Angola", acrescentou.

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