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Angola tira de circulação mais de 435 milhões de kwanzas em Fevereiro

Angola tinha em circulação, em Fevereiro, notas e moedas no valor de 435.659 milhões de kwanzas, uma nova quebra mensal, de quase três por cento, que acompanha a valorização da moeda nacional no mercado paralelo.

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De acordo com dados do Banco Nacional de Angola (BNA) a que a Lusa teve acesso Terça-feira, sobre a Base Monetária Ampla do país, entre Janeiro e Fevereiro deixaram de estar em circulação (física) no país 12.059 milhões de kwanzas.

Já no mês de Janeiro tinham saído de circulação 48.661 milhões de kwanzas, um corte de 10 por cento face a Dezembro.

Em paralelo, há várias semanas que é habitual formarem-se longas filas nas poucas caixas da rede interbancária com notas disponíveis para levantamento.

No final de 2015, Angola tinha em circulação 519.588 milhões de kwanzas e um ano antes 477.975 milhões de kwanzas.

Um dos efeitos mais visíveis da descida de notas e moedas em circulação em Fevereiro, tal como no mês anterior, conforme a Lusa constatou numa ronda pelas ruas de Luanda, é a subida do valor do kwanza, travando a valorização do dólar norte-americano no mercado paralelo, ilegal mas também a única solução para quem tenta, sem sucesso, aceder a divisas nos bancos.

Depois de máximos de 500 kwanzas por cada dólar, nos primeiros dias do ano, comprar a nota norte-americana, após descidas consecutivas, custava na semana passada 340 kwanzas.

Em Luanda desde Quarta-feira, para contactos prévios com as autoridades angolanas no âmbito das consultas anuais, o chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Angola, Ricardo Velloso, admitiu que a retirada de circulação de moeda nacional é uma medida positiva, pelas repercussões no corte nas taxas de câmbio no mercado paralelo, que permanecem em mais do dobro do valor oficial.

"É uma medida muito importante, que ajuda no controlo da inflação e ajuda a reduzir o diferencial entre a taxa de câmbio do mercado de rua e a taxa oficial", destacou o chefe da missão do FMI, questionado pela Lusa.

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