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Refugiados congoleses acolhidos em Angola querem regressar

Um grupo de cerca de 50 refugiados da República Democrática do Congo (RDCongo), acolhidos na província da Lunda Norte, vai regressar na Sexta-feira, de forma voluntária, ao seu país, onde a situação político-militar é calma neste momento.

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A informação, transmitida pelo director provincial da Assistência e Reinserção Social, Wilson Palanca, salienta que o repatriamento voluntário de 48 refugiados congoleses será feito a partir do posto fronteiriço do marco-28, no município de Caungula.

Segundo Wilson palanca, a situação na província do Kassai Central, na RDCongo, está relativamente calma, tendo os refugiados manifestado o desejo de regressarem às suas áreas de origem. O responsável frisou que o centro de refugiados controla 298 refugiados, na sua maioria crianças, com um total de 130. Acrescentou que manifestaram interesse em regressar 28 homens, 14 mulheres, acompanhados de seis crianças.

O governador da província da Lunda Norte, Ernesto Muangala, visitou esta semana o centro de acolhimento, sublinhando que a situação dos refugiados - que fogem da onda de violência na vizinha RDCongo - é uma preocupação para o Governo de Angola, face à situação de conflito naquele país.

Pediu ainda compreensão aos refugiados congoleses pelas condições de acolhimento, porque a província não estava preparada para o efeito. "Esforços estão a ser envidados no sentido de garantir segurança, assistência médica e medicamentosa, assim como alimentar, como prevê a Constituição angolana, isto com o apoio de empresários e associações de empreendedores, bem como o regresso a áreas seguras do vosso país", disse Ernesto Muangala, citado pela agência noticiosa angolana, Angop.

De acordo com as autoridades angolanas, as áreas que enfrentam um conflito étnico e perseguição aos militares congoleses democráticos são Tchindjinde, Kabuacala, Milwiti, Kabungo 1, 2 e 3 e Sumbula, província do Kassai, localidade adjacente aos postos fronteiriços do Itanda, Furi-3, Txumo e Muaquesse, município do Cambulo, província da Lunda Norte.

Aos refugiados, além da distribuição de alimentos da cesta básica, água mineral e cobertores, por parte de empresários estrangeiros, foi montada uma tenda para assistência médica permanente, com dois médicos e quatro enfermeiros.

Muitos dos refugidos apresentam doenças crónicas, como diabetes, diarreias agudas, tendo sido efectuados nos últimos dias dois partos naquele local.

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