Manuel Aragão falava em Luanda, quando procedia à abertura do Ano Judicial de 2017, sublinhando que a quantidade de magistrados é assim bastante reduzida para as necessidades do país.
Acrescentou que Angola possui 18 conselheiros do Tribunal Supremo, 242 juízes de direito e 51 municipais.
"São números bastante reduzidos de juízes para uma demanda de mais de cem mil processos por ano", frisou.
Aos operadores judiciais, Manuel Aragão exortou que se resguardem de eventuais pressões ou ameaças, desempenhando a sua função com "ciência e consciência de forma eficaz e eficiente".
"Justiça de qualidade é indício seguro de uma Democracia de qualidade", disse.
Relativamente às condições de trabalho, o magistrado referiu que foram criadas algumas infra-estruturas em algumas províncias, contudo, a situação não melhorou, enumerando a falta de gabinetes, salas de audiências, meios informáticos, carência de oficiais de justiça e indefinição da situação remuneratória dos operadores de Justiça.