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Ministério das Pescas quer parceria científica com universidade portuguesa

O Ministério das Pescas está a estudar a possibilidade de estabelecer uma parceria científica com a Universidade de Aveiro, de Portugal, prevendo nomeadamente projectos de investigação conjunta na área da "economia azul".

António Jorge:

A informação foi prestada Segunda-feira, em Luanda, pela ministra das Pescas de Angola, Victória de Barros Neto, no início de um seminário de três dias sobre a economia do mar, numa parceria com aquela universidade portuguesa.

Angola tem uma linha de costa de 1650 quilómetros e uma Zona Económica Exclusiva de 330.000 quilómetros quadrados, mas a economia do mar representa apenas cerca de três por cento do Produto Interno Bruto do país, daí a importância atribuída pela governante à parceria a estabelecer com a Universidade de Aveiro.

"Fazer com que a economia azul se faça de forma coordenada, integrada e sustentável. E aí pensamos que a Universidade de Aveiro tem um papel a desenvolver, pelas suas especialidades e competências no domínio do mar", destacou Victória de Barros Neto, em declarações aos jornalistas à margem do seminário.

Acrescentou que essa cooperação poderá passar por "projectos de investigação conjunta, a exemplo do que acontece noutros países", por parte da Universidade de Aveiro, como é o caso em Moçambique.

Para o pró-reitor da Universidade de Aveiro, Osvaldo Pacheco, a instituição está disponível no âmbito desta "parceria estratégica das duas partes", para dar formação a quadros do Ministério das Pescas e prestar apoio científico em "problemas concretos".

Acrescentou que aquela instituição conta com 50 estudantes de nacionalidade angolana, além de ter em funcionamento uma academia com a petrolífera Sonangol e manter uma parceria com Instituto Superior Politécnico de Benguela.

O interesse passa ainda pela possibilidade de a universidade portuguesa assegurar "novas valências" na primeira instituição de ensino superior em Angola dedicada exclusivamente às pescas e ciências do mar.

"Queremos aumentar o nosso conhecimento sobre o mar em Angola, fazer com o mar seja uma oportunidade, apesar dos riscos que também apresenta", destacou a governante, sublinhando a necessidade de encarar as actividades da economia azul como um "motor para o desenvolvimento".

Pesca, aquicultura e produção de bivalves são áreas de interesse do país no desenvolvimento da economia do mar, de acordo com a ministra das Pescas.

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