Os dados são ainda provisórios, segundo o administrador municipal, Gonçalves Namweya, salientando que continua a ser feito o levantamento do número de casas inundadas em consequências das enxurradas, que a província regista depois de cerca de cinco anos consecutivos de seca, afectando 500 mil pessoas.
"Com o nível elevado da chuva de Quinta-feira, pesamos que muitas residências, sobretudo dos bairros do Pioneiro Zeca, Castilhos e Nanjala, estão submersas, pois o solo está saturado e não consegue absorver água", referiu o responsável, citado pela agência noticiosa Angop.
Segundo Gonçalves Namweya, além das chuvas, a cidade de Ondjiva, capital do Cunene, está a ser afectada pelas cheias provenientes da bacia do rio Cuvelai, que afectou grande parte das zonas circundantes da sede capital e outras povoações do município.
Gonçalves Namweya disse que estão também afectados campos agrícolas e muitas estradas estão intransitáveis, sobretudo no acesso ao meio rural, obrigando muitas famílias a usarem canoas, distribuídas pelos serviços de protecção civil, para se movimentarem.
Acrescentou que a cidade de Ondjiva não corre perigo de vir a ficar inundada graças à existência de diques de protecção contra as enchentes, construídos após as cheias de 2008 e 2011 naquela província do sul do país.
O governador da província, Kundi Paihama, fez já um apelo às autoridades centrais para ajudar no apoio aos sinistrados pela insuficiência de meios locais.