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Albufeira da barragem de Laúca começou a ser enchida. Produção de energia arranca em Julho

O enchimento da albufeira do aproveitamento hidroeléctrico de Laúca, na província de Malange, começou Sábado, para o início de produção de energia em Julho deste ano.

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O Presidente José Eduardo dos Santos procedeu ao fechamento das comportas para o início do aprovisionamento de água, para a entrada em operação comercial do primeiro grupo gerador, em Julho deste ano, com uma produção de cerca de 600 megawatts (MW).

Segundo o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, o aprovisionamento de água iniciado Sábado terá cerca de 30 dias para acumular cerca de 500 milhões de metros cúbicos de água e atingir a quota que permitirá iniciar os testes da primeira turbina.

"Seguir-se-á a terceira etapa, com uma duração de cerca de quatro meses para o enchimento até à quota 830, ou seja, simbolizando no fundo um volume de água de mais de 2,5 biliões de metros cúbicos", referiu o ministro.

João Baptista Borges salientou que se vive um período de estiagem, registando-se afluências significativamente baixas.

"Nesta altura, nós registamos cerca de 1,800 metros cúbicos por segundo e estamos com um registo de 360, mas estamos a fazer o nosso trabalho e a natureza certamente fará o seu", disse o ministro.

O titular da pasta da Energia e Águas avançou realçou a importância da entrada em funcionamento deste empreendimento que "agregará um valor de capacidade de produção de energia", que permitirá eliminar o défice que se regista no atendimento às necessidades de consumo do país.

"Temos que reconhecer os sacrifícios que todos vamos ter que consentir, ficando algumas horas sem energia por dia para que de facto possamos atingir este objectivo, esperando que comece a chover e que possamos então ter outra disponibilidade de água e limitações mais reduzidas", frisou.

De acordo com o governante, o enchimento da barragem de Laúca terminará em 2018, com a elevação até 850, completando o reservatório na sua totalidade, permitindo a entrada em funcionamento das seis turbinas que vão ser instaladas e uma produção de cerca de 2.070 MW de electricidade, mais do dobro da capacidade das duas barragens - Cambambe (960 MW) e Capanda (520 MW) - já em funcionamento no mesmo rio, o Kwanza.

João Baptista Borges destacou que apesar da crise "o projecto nunca parou", existem trabalhos diários e emprega 8500 trabalhadores.

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