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Governo estuda possibilidade de enviar petróleo nacional para refinar no exterior

O Governo está a estudar a possibilidade de passar a enviar petróleo bruto produzido no país para refinar no estrangeiro, para posterior consumo nacional, segundo um documento oficial a que a Lusa teve acesso.

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Em causa está um despacho assinado pelo ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, com vista à contratação de uma empresa de consultoria que terá especificamente a missão de elaborar um "estudo de viabilidade técnico-económico de processamento de petróleo bruto angolano numa refinaria fora do país".

O nosso país é o maior produtor de petróleo em África, com mais de 1,6 milhões de barris de crude por dia, mas a capacidade de refinação nacional é insuficiente, cingindo-se a actividade à refinaria de Luanda, o que obriga à importação de grande parte dos produtos refinados que consome.

A solução de recorrer a uma refinaria estrangeira tem sido defendida por alguns especialistas como hipótese mais acessível, face aos custos avultados de construção e manutenção de uma refinaria de raiz em Angola.

A Lusa noticiou em Dezembro que Angola importa mensalmente mais de 160 milhões de dólares em combustíveis refinados, fornecimento que está a ser dificultado pela falta de divisas.

Além disso, recorda a empresa liderada por Isabel dos Santos, os custos incorridos são em dólares norte-americanos (compra no exterior) e as vendas realizadas em kwanzas no país.

Construída em 1955, a refinaria de Luanda tem uma capacidade actual para tratar 65.000 barris de petróleo por dia, operando a cerca de 70 por cento da sua capacidade e com custos de produção superior à gasolina e gasóleo importados.

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