Segundo a OMS, a outra metade deverá ser financiada pelo governo de Angola, embora a Gavi, Aliança para as Vacinas, já tenha manifestado interesse em contribuir.
Num comunicado sobre a epidemia de febre-amarela em Angola, a primeira no país em 30 anos, a OMS informa que, em parceria com o Ministério da Saúde de Angola e outros parceiros, está a realizar uma campanha de vacinação no país, tendo já vacinado 5,7 milhões de pessoas em Luanda.
Aquela agência da ONU acrescenta também ter estabelecido um sistema de gestão de incidentes e enviado cerca de 65 especialistas em epidemiologia, controlo de vector, envolvimento comunitário e outras áreas, para apoiar a campanha de vacinação.
Segundo o comunicado, a OMS apoiou o desenvolvimento de um plano de resposta de emergência para fornecer três milhões de dólares do Gabinete da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários, montante que "cobre 50% dos custos das vacinas para a província de Luanda".
Além disso, o Fundo de Contingência para Emergências da ONU, recentemente criado, libertou 500 mil dólares para permitir uma resposta rápida ao surto em Angola e o Fundo da OMS para Emergências de Saúde Pública em África cedeu outros 289.383 dólares.
Estes montantes foram usados para cobrir os custos operacionais da resposta da OMS à epidemia de febre-amarela em Angola.
Segundo a OMS, Angola enfrenta o maior surto de febre-amarela dos últimos 30 anos e a doença já infectou mais de 450 pessoas e matou 178 no país.
Registada inicialmente em Luanda em Dezembro do ano passado, a doença já se espalhou a seis das 18 províncias angolanas, tornando-se a primeira epidemia de febre-amarela no país em 30 anos.
A febre-amarela é transmitida por mosquitos infectados, nomeadamente pelo 'Aedes aegypti', o mesmo que transmite o vírus Zika e o Dengue.
Provoca sintomas como febre, dores de cabeça, dores musculares, náuseas, vómitos e cansaço e uma pequena percentagem das pessoas infectadas experiencia uma fase mais severa da doença, com febres altas, icterícia e hemorragias internas.
Pelo menos metade das pessoas gravemente doentes que não recebem tratamento acaba por morrer. Angola é um dos 34 países africanos onde a febre-amarela existe e é recomendada a vacinação.