A exortação foi hoje feita por Higino Carneiro, num encontro que manteve com os responsáveis municipais e distritais de saúde de Luanda. "Reunimos para falar da questão que tem a ver com os elevados casos de paludismo, dengue, malária, chikungunya e febre-amarela, que tem estado a provocar uma grande pressão aos hospitais de referência e os intermediários da periferia, elevando o número de óbitos e por isso não podemos ficar indiferentes a isso", disse Higino Carneiro na abertura da reunião.
Um apelo particular foi feito pelo governador aos responsáveis de unidades hospitalares para um maior controlo dos funcionários que se furtam ao trabalho para viagens particulares, em busca de produtos para comercializar, com o conhecimento dos seus superiores hierárquicos.
"Hoje, por exemplo, encontrei esta situação no Hospital dos Cajueiros e na Clínica do Prenda, em que os pacientes estavam em alvoroço, mas o director, que não se encontrava no local, informou, por telefone, que estava tudo bem", disse o governador.
Higino Carneiro pediu a colaboração de todos, porque "a situação não é boa" e que como médicos melhor ainda conhecem o actual quadro clínico, cuja resposta não é positiva.
"Sabemos que por força da Lei Geral do Trabalho devem trabalhar apenas 30 horas por semana. Então, vamos deixar morrer as pessoas porque a Lei nos impõe que devemos trabalhar apenas duas vezes por semana", observou Higino Carneiro.
Participaram também no encontro os administradores municipais, comunais e distritais, bem como os directores de hospitais e centros de saúde.