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Economia

Divisas nos bancos aumentaram 40 por cento em Fevereiro

Os bancos comerciais angolanos receberam quase mais 40 por cento de divisas de Janeiro para Fevereiro, fixando-se em 890 milhões de dólares, sobretudo devido ao aumento da injecção pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

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Os dados constam de relatórios mensais do banco central angolano compilados hoje pela Lusa e apontam ainda para um ligeiro crescimento nas divisas (dólares) que os bancos comerciais conseguem comprar aos clientes, sobretudo as petrolíferas, aumentaram 2 por cento no espaço de um mês, para os 148,1 milhões de dólares em Fevereiro.

Devido à crise decorrente da quebra na cotação internacional do petróleo, Angola viu reduzir a receita fiscal para menos de metade em 2015, assim como a entrada de divisas no país, agravando o custo das importações e o acesso a produtos, inclusive alimentares, cujos preços dispararam. Estas divisas são igualmente necessárias para garantir as transferências de salários de trabalhadores expatriados em Angola.

Em Fevereiro, o último mês em que a política cambial angolana foi coordenada por José Pedro de Morais Júnior - exonerado pelo Presidente da República e substituído nas funções de governador do BNA a 7 de Março por Valter Filipe Duarte da Silva -, só o banco central vendou directamente aos bancos comerciais, em leilões, divisas no valor equivalente a 741,9 milhões de dólares, um aumento superior a 50 por cento face a Janeiro. Contudo, em Dezembro de 2015, esse montante foi superior a 1100 milhões de dólares.

Ainda assim, persiste em Angola a forte redução da disponibilidade de moeda estrangeira no país, sendo o montante vendido aos bancos limitado às necessidades mais urgentes do sistema bancário e que obrigam a autorização do banco central.

A falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.

A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada ao final da última semana, ficou-se nos 160,697 kwanzas por cada dólar e de 179,547 kwanzas por cada euro.

Paralelamente, devido à escassez de divisas e limitações aos levantamentos de dólares impostos nos bancos, o mercado informal, de rua, transacciona a nota de um dólar norte-americano a mais de 350 kwanzas. Antes do início da crise da cotação do petróleo, no Verão de 2014, cada kwanza valia cerca de 100 dólares.

A moeda angolana já perdeu desde então cerca de metade do valor, com o acentuar das dificuldades financeiras, económicas e cambiais decorrentes da quebra na entrada de divisas através da exportação de petróleo.

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